Em meio à pandemia de coronavírus, a partir desta terça-feira (24), o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, não terá mais voos internacionais. Segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal, o último trecho suspenso, temporariamente, é o do Panamá, após uma determinação do governo do país.
A Copa Airlines, responsável pelas viagens, está notificando os passageiros e reforçou a política de flexibilização de viagens, permitindo aos passageiros que troquem gratuitamente os bilhetes. As operações estão previstas para retornar no dia 23 de abril.
Com esse comunicado da Copa Airlines, todos os meus voos internacionais estão suspensos, já que a TAP Air Portugal e a Azul Linhas Aéreas já haviam se manifestado sobre o assunto.
No caso da Azul Linhas Aéreas, a suspensão dos voos com destino a Buenos Aires, Orlando e Fort Lauderdale ocorre até 30 de junho. Conforme a companhia aérea, os clientes serão reacomodados em voos que partirão de Campinas (SP), mas também podem remarcar as passagens para o segundo semestre deste ano.
Em 18 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus, o governo federal editou uma medida provisória (MP) como forma de “salvar” economicamente o setor aeroportuário do país, permitindo que as companhias aéreas tenham até 12 meses para reembolsar os passageiros que tiveram suas viagens canceladas. A medida contraria o próprio Código do Consumidor, que determina que, em caso de cancelamentos, a devolução deve ser integral e imediata. Mas o coordenador do Procon Estadual, Marcelo Barbosa, acredita que a MP é coerente diante do contexto de pandemia do coronavírus.
“As passagens devem ser remarcadas ou canceladas, a critério do consumidor, sem qualquer ônus para ele. A MP é um pouco polêmica porque dá até 12 meses para o reembolso, enquanto o código determina a devolução integral e imediata. No entanto, é razoável para o momento, diante do contexto”, explica.
No caso da companhia aérea que se recusar a realizar os procedimentos sem custo, o passageiro deve inrmar o que determina a lei ou mesmo acionar o Procon ou o Judiciário. No entanto, muitos dos serviços de ambos os órgãos têm sido suspensos por causa da pandemia. Outra opção é acessar a plataforma governamental que foi disponibilizada para o esclarecimento de dúvidas e denúncias do consumidor.
Outros cancelamentos
Desde 19 de março, a Azul Linhas Aéreas, a TAP Air Portugal (que tem participação acionária da empresa brasileira) também suspenderam os voos internacionais que realizam em Confins. A interrupção vai até 30 de junho. Atualmente, a Azul tem voos para Buenos Aires, na Argentina, além das cidades de Orlando e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos.
Conforme a companhia aérea, os clientes que tinham voos marcados para esses destinos no período citado serão reacomodados em outras viagens, com partida de Campinas, em São Paulo. Outra opção é a remarcação das passagens para o segundo semestre deste ano.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) o setor registrou na segunda quinzena de março, em média, uma queda de 50% na demanda por voos domésticos e redução de 85% nas viagens internacionais, ante o mesmo período de 2019, por causa da pandemia do novo coronavírus.
As companhias Gol e Latam, que fazem parte da Abear, comunicaram nos últimos dias reduções de capacidade e suspensão de vários voos para enfrentar o que a associação classificou como “a maior crise da história da aviação comercial”.
Para se ter uma ideia, Confins já teve mais de 38 voos cancelados somente entre 11 e 16 deste mês.