As muitas iniciativas que vêm sendo implementadas mundo afora para tentar viabilizar a sustentabilidade econômica, ambiental e social foram destaque no início de 2020 devido à realização de mais uma edição do “Fórum Econômico Mundial” em Davos, na Suíça. Entre as muitas palestras, debates e discussões realizadas, uma das expressões mais usadas foi “economia circular”, conceito e proposta que iremos esclarecer no nosso texto de hoje.
A ideia de uma “economia circular” tem sido promovida há vários anos pela velejadora britânica Ellen MacArthur, que foi recordista mundial de circunavegação solo em 2005, quando deu a volta ao mundo navegando mais de 43 mil quilômetros em 71 dias e pouco menos de 13 horas. Ela criou uma fundação que defende um sistema econômico no qual a vida útil dos produtos seja estendida e os componentes de cada produto sejam utilizados repetidamente, eliminando desperdícios com o design de produtos que podem ser recuperados, reutilizados e remanufaturados.
No “Fórum Econômico Mundial” de 2020 várias grandes empresas, como Adidas e Unilever, informaram que resolveram investir na ideia da “economia circular” e uma grande organização de “gestão de ativos”, chamada BlackRock, ganhou destaque por ter lançado em outubro de 2019, em parceria com a Ellen MacArthur Foundation, um fundo de investimentos focado em “economia circular”.
A ideia central da “economia circular” é substituir o modelo linear de crescimento, baseado em etapas de extração, produção e descarte – dessa forma seria possível reduzir a pressão sobre os recursos naturais limitados do nosso planeta. Como exemplos, a Unilever prometeu reduzir a quantidade de embalagens plásticas que produz em 14% por ano até 2025, a Adidas quer dobrar o número de sapatos produzidos a partir de plástico reciclado este ano, a Nestlé estabeleceu metas para reduzir as embalagens e o Google começou a assessorar outras empresas orientando sobre como aproveitar dados para gerenciar melhor os recursos.
Conforme informações divulgadas por diversos órgãos de imprensa, a adoção em larga escala do conceito de “economia circular” tem o potencial de reduzir custos, aumentar a produtividade e moderar as mudanças climáticas e a poluição, a partir da criação e ampliação de negócios que utilizem esse conceito, como serviços de aluguel e reparos de roupas e muitas outras possibilidades que passariam a ser aplicadas tanto em grandes quanto em pequenos negócios, para organizações e indivíduos, em âmbito local ou global, baseando-se em princípios como: focar em benefícios para toda a sociedade; eliminar resíduos e poluição; utilizar fontes de energia renováveis; manter produtos e materiais em uso; buscar a regeneração dos sistemas naturais.
A proposta é que alimentos e outros materiais de base biológica, como algodão e madeira, retornem ao sistema através de processos como compostagem e digestão anaeróbica, regenerando sistemas vivos, como o solo, para proporcionar recursos renováveis para a economia, e construir também ciclos técnicos que possam recuperar e restaurar produtos, componentes e materiais através de estratégias como reuso, reparo, remanufatura ou, em última instância, reciclagem.
Mais uma vez fica evidente o tamanho da oportunidade que temos em nossas mãos, em especial no município de Itabira, onde já temos alguns serviços e estruturas que certamente nos permitem implantar e/ou ampliar empreendimentos em áreas essenciais ao desenvolvimento sustentável e à “economia circular”.
Portanto, mãos à obra… Façamos, cada um de nós e todos juntos, a nossa parte!
INTERASSOCIAÇÃO
No dia 1º de março de 2020 aconteceu mais uma reunião da Assembleia Geral Ordinária da Interassociação dos Amigos dos Bairros de Itabira, tendo como principal destaque a apresentação feita por José de Almeida Sana sobre o livro (e-book) “Caminhos para a vitória”, no qual ele foca o “Plano Funil”, projeto que desenvolvido na década de 1980, quando ele era vereador em Itabira, e consistia na realização de levantamentos sobre os principais problemas das comunidades de vários bairros de Itabira, por meio das Associações de Moradores, e definição de prioridades a serem executadas pelo poder público. Durante a apresentação algumas pessoas presentes lembraram de outros projetos desenvolvidos em Itabira nas décadas seguintes com objetivos semelhantes, como “Governo Itinerante”, “Orçamento Participativo”, “Governo Bairro a Bairro”, “Governo Casa a Casa” e “Ouvir Você” – além disso, José Sana chamou atenção para algumas “palavras-chave” e temas discutidos no livro, como: sonho, planejamento, política, necessidade de mudanças, necessidade de cuidar dos medos e necessidade de saber comunicar-se. Ele comentou ainda algumas expressões que também são tratadas no livro e foram apelidadas por ele de “leis naturais”: gravidade, retorno, causa e efeito, atração, oferta e procura, conservação de massas e neutralidade – ao final foram feitas algumas perguntas e comentários pelos participantes da reunião e nessas discussões foi destacada a importância e a necessidade de mais participação dos cidadãos e mais organização das comunidades.
E a Interassociação suspendeu, desde 18 de março de 2020, o atendimento ao público realizado de terça-feira a sexta-feira, no horário de 13 às 17 horas, na sala 42 do Mercado Municipal “Caio Martins da Costa”, localizado à Avenida Carlos Drummond de Andrade, 535 – Centro – Itabira/MG. Quem quiser saber mais sobre as atividades da Interassociação e das associações de moradores de Itabira pode entrar em contato com a presidente da Interassociação, Maria das Graças Felipe de Lélis (Dadá Felipe) pelas redes sociais – o atendimento presencial só será retomado após o fim do “isolamento social” imposto pelas autoridades da área de saúde por causa dos riscos de contaminação pelo “COVID-19”.
Até breve!