O Ministério da Saúde fez um alerta sobre o uso do medicamento cloroquina no combate ao novo coronavírus. O remédio sumiu de muitas farmácias desde que o presidente Jair Bolsonaro passou a divulgar informações de que o país estaria no caminho de encontrar uma medicação de combate ao vírus.
O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse na sexta-feira (27/03) que o uso da cloroquina pela população pode, na realidade, ter efeitos nocivos sobre a saúde. “A cloroquina é um medicamento indicado em condições específicas, mas ele tem contraindicações. Pode ser tóxico em médio e longo prazo”, afirmou à imprensa.
“A cloroquina não é um medicamento para evitar a doença. Os estudos ainda estão sendo realizados. Estão seguindo um rito muito mais acelerado que o tradicional”, disse o secretário. A medicação, que é usada no combate à malária, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o país para ser testada em pacientes em situação grave.
O Ministério da Saúde informou que serão liberadas 3,4 milhões para hospitais. Hoje, há 148 pessoas na UTI, em estado grave, com a covid-19.