Nesta terça-feira (31), a cantora Preta Gil, que já está curada do coronavírus, revelou todos os detalhes da doença, desde o momento que desconfiou que havia sido infectada e o medo de o seu caso se agravar e acabar falecendo.
”Foi muito difícil (receber o diagnóstico da doença), mas graças a Deus venci. Fui fazer um show num evento no dia 7 de março, fiz o show tranquilamente, voltei, trabalhei na segunda, na terça. Depois fui para São Paulo e saiu uma nota que pessoas que estavam no mesmo casamento (que cantei) tinham sido diagnosticadas com Covid-19. Não me preocupei porque fiz meu show e fui embora, cumprimentei só algumas pessoas. Achei que não tinha nada. A desinformação era gritante, a gente achava que (o vírus) era distante de nós”, desabafou Preta em entrevista à Quem.
Preta contou que começou a desconfiar após apresentar alguns sintomas: “Mas na quinta-feira acordei com muita dor no corpo, com muita dor de cabeça e liguei para o meu médico, o Dr. Kalil. Vi que várias pessoas do mesmo casamento estavam indo para o hospital. Não me preocupei e continuei ruim na quinta. Meu médico falou: ‘você está com alguns sintomas que podem ser de uma virose ou pode ser o corona’. Naquela época os hospitais ainda faziam testes em quem tinha sintomas leves. Isso foi 18 dias atrás”.
Preta contou que estava no hospital quando saiu a notícia de que Pugliesi estava infectada e foi onde ela teve certeza que estava com o vírus: ”Quando fui para o hospital, a moça enfiou um cotonete no meu nariz e veio a notícia de que a Gabriela (Pugliese, irmã da noiva do casamento em que Preta fez show) testou positivo, e eu tinha cumprimentado ela no dia. Na mesma hora entendi que também estava. Abracei, beijei, tirei foto com ela na festa. Acho que pode ter sido ela quem me passou, mas não tem como afirmar. De fato ela eu cumprimentei. Passei o microfone para ela cantar comigo, pode ter sido nessa hora. Posso ter pego também no dia seguinte no voo, que tinham muitas pessoas que estavam na festa e foram diagnosticadas positivas. Mas foi naquele fim de semana (que peguei o coronavírus)”.
Com medo de acabar falecendo, Preta afirmou que o afeto do seu marido foi importante nesse momento de isolamento: “E a gente passa todos os dias pelo medo de morrer porque o quadro se agrava em poucas horas. Tenho amigos que estavam bem e, do dia para a noite, eram internados e entubados. Eu ficava com muito medo de piorar”.
“O mais importante é a gente entender que as precisam de afeto, de carinho, de cuidado. Você não pode entrar dentro do quarto da pessoa com o vírus, mas pode mandar um recado, um bilhete, dar um telefonema, um carinho, deixar uma comida na porta. O isolamento é social, mas não pode ser afetivo. A piora se dá muito pelo emocional. O emocional afeta o sistema imunológico. O amor pode salvar muita gente, então seja uma fonte de salvação e de cura para as pessoas com o seu afeto”.