Amigo de longa data do goleiro Rafael, que recentemente trocou o Cruzeiro pelo Atlético, Fábio, camisa 1 da Raposa, viu como “precipitada” a escolha tomada pelo ex-companheiro de dia a dia, que ele mesmo se refere como “um irmão mais novo”. Apesar disso, a relação entre ambos segue inabalável.
“Era um momento que ele precisava tomar decisão, de seguir, já estava com 30 anos. Acho que foi uma decisão precipitada. Teve muitos outros momentos de sair do Cruzeiro, para outras equipes, em momentos que ele vinha se destacando. Quando tive a lesão em 2016, ele assumiu muito bem. Estava apto em estar fazendo a estreia como titular e foi muito bem. Teve outras oportunidades, nessa sequência, de ir para outras equipes num momento bom para ele. Não soube aproveitar. Sempre falei isso para ele. De ir para outra equipe ou permanecer quando eu retornei” disse o goleiro cruzeirense em entrevista ao programa Os Donos da Bola, da Band Minas.
“Hoje ele já poderia estar jogando nessa grande equipe, que teria interesse no futebol dele. Mesmo o Mano falando para ele permanecer ou o Robertinho . Era uma situação que ele tinha que bater o pé, logico que com toda transparência, explicar a situação, para que ele pudesse aproveitar essa grande oportunidade. Para não, depois de alguns anos, sair da forma como saiu. É opção dele, não falando de rivalidade, mas a forma que foi. Pelo tempo que ele ficou no Cruzeiro, pelo tempo que vivenciou a base, processo. A meu ver, como sempre falei e falo até hoje para ele, ele poderia ter escolhido um tempo melhor, que seria esse tempo (2017)”, acrescentou.
Goleiro que mais vestiu a camisa do Cruzeiro na história, Fábio acredita que a escolha feita por Rafael tem suas consequências, principalmente pela ligação que o arqueiro, agora do rival Atlético, criou no clube celeste; foram 17 anos por lá.
“Cada um com suas escolhas. Você tem responsabilidade grande. Mas, com certeza, ele (Rafael) escolheu com tranquilidade, clareza, para que ele possa arcar com as consequências. Já vieram, vão existir sempre na carreira dele”, opinou Fábio sobre o atual titular de Jorge Sampaoli.
“Temos convivência muito boa. Tive oportunidade esses dias de estar com ele, com sua esposa, a Bruna. Fui padrinho de casamento dele, no final de 2019. É uma amizade de muito tempo, como se fosse irmão mais novo, que cresceu ali, viu a evolução, da dedicação. Vi todas as dificuldades, as adversidades superadas”, finalizou.