Fernando Anitelli (ator, compositor e multi-instrumentista) não errou ao dizer que “o poeta pena quando cai o pano / e o pano cai”. E diante dessa mudança, cabe a nós transformarmos a realidade.
Muito se fala nos últimos tempos acerca de isolamento social. Porém, pouco se explica sobre o assunto. Este tipo de conduta é a omissão (voluntária ou involuntária) de uma pessoa ou grupo de pessoas quanto a interações com as demais pessoas.
Neste momento, passamos por aconselhamento de isolamento social voluntário. Porém, podemos chegar a um ponto extremo se não nos atentarmos: isolamento forçado.
Particularmente, possuído pelo olhar do Teatro Mágico, creio que “nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz”. Creio que o nosso isolamento não seja social, mas sim isolamento físico. Veja que a tecnologia atual nos permite realizar interações com outras pessoas mantendo-nos distantes, porém presentes.
O principal propósito do distanciamento físico é gerar dificuldades ao COVID-19 para promover o contágio e a sua transmissão; achatando, portanto, a tal “curva epidemiológica”. Esta é uma das poucas certezas cientificas que temos.
Por sua vez, geradas dificuldades para transmissão e contágio: abrandaremos a demanda por leitos nos hospitais. Proporcionando, portanto, maiores e melhores condições de atendimento a quem realmente precisar e quando precisar.
No entanto, existem pessoas que não conseguem realizar tal situação por motivos alheios à sua vontade. Outras simplesmente ignoram o aconselhamento da Organização Mundial da Saúde.
Vou me ater à cidade de Itabira.
Prevê Anitelli: “Se a aliança dissipar / e sentença for só desamor /a tormenta aumentará”
Recentemente enormes filas têm se formado diante de estabelecimentos bancários em nossa cidade desrespeitando orientações básicas de distanciamento, etc… Destacando-se um grupo de risco integrante destas filas: idosos.
Ainda existem aqueles que se deslocam à determinados pontos da cidade para se exercitar, caminhar e/ou correr… e pior: em grupos!
Como se não bastasse, ainda existem seres humanos que simplesmente ignoram o aconselhamento científico com base a convicções próprias desprovidas de qualquer embasamento técnico.
Fernando deixou claro: “o dia mente a cor da noite / e o diamante a cor dos olhos / os olhos mentem dia e noite a dor da gente.” Recuso-me a acreditar que quem dá pouco valor à orientação científica ao se deitar para dormir não se sinta minimamente incomodado com sua conduta.
Registramos a primeira morte (suspeita) ocasionada pelo tal novo Coronavírus em nossa cidade.
Prezados, já não somos tão pequenos como já fomos um dia. Eu sinto que sou um tanto bem maior. Seja maior também, faça sua parte. Fique em casa (se puder). Seja exemplo. Afinal de contas você pode ser um Anjo (mais velho ou mais novo): “Enquanto houver você do outro lado / aqui do outro eu consigo me orientar”.
E digo mais! “E o fim é belo, incerto, depende de como você vê / O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só / Só enquanto eu respirar / vou me lembrar de você / Só enquanto eu respirar.”
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1 comentário
Que Deus proteja e ilumine para sempre, parabéns.