A crise do coronavírus levou a uma injeção de recursos sem precedentes na economia. Desde janeiro, quando o governo chinês começou a colocar dinheiro na praça, bancos centrais de diversos países concederam US$ 7 trilhões em estímulos monetários e fiscais.
É muita coisa: o valor equivale a 15% do PIB global. Se a pandemia não perder força e o isolamento social continuar por muito tempo, os governos deverão oferecer ainda mais recursos na tentativa de salvar a economia.
A impetuosidade dos bancos centrais deu um bom alívio para o mercado acionário global. Desde o fundo do poço, há um mês, as ações globais recuperaram 22% de seu valor.
Ainda assim, caem 17% no ano. No Brasil, a Bolsa ensaia alguma recuperação, embora o cenário permaneça incerto. Na semana passada, os papéis subiram 11,71%, o melhor desempenho em 4 anos. Não é hora, porém, de correr riscos. Tudo indica que a volatilidade continuará a ser a marca registrada dos mercados em 2020.