Com 412 casos confirmados de Covid-19, Belo Horizonte tem 84 pessoas com a enfermidade internadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). O número corresponde a 48% dos leitos disponibilizados exclusivamente para doentes com o novo coronavírus.
No total, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), são 176 vagas, incluindo as 20 abertas com a ampliação do Hospital Eduardo de Menezes.
A expectativa é a de criação de mais 233 nos próximos dias.
A expansão ainda vislumbra um prazo de até dois meses, com a abertura de mais 279 vagas. Para esses, a SMSA solicitou 279 respiradores necessários para os atendimentos. O pedido foi feito ao Ministério da Saúde.
De acordo com a Secretaria de Saúde de BH, em toda a rede são 600 leitos de terapia intensiva, sendo 134 em hospitais municipais, 138 nos estaduais e 76 nos federais. Há também 26 vagas em unidades privadas e 226 filantrópicas.
Bons números
Na última terça-feira (14), o titular da pasta, Jackson Machado, disse que o isolamento social tem contribuído para não sobrecarregar o sistema de saúde da capital. A quarentena, inclusive, é aposta para frear o avanço da Covid-19, dando tempo para que os hospitais se adequem ao aumento da demanda.
Em Minas Gerais, a projeção é de que haja explosão de casos no fim de maio. Para especialistas, o aumento deve ocorrer principalmente por coincidir com o outono e a chegada do inverno, em junho, meses de grande incidência das doenças respiratórias.
Outras capitais
Belo Horizonte ainda se encontra em uma condição favorável em relação ao sistema de saúde, no que diz respeito aos atendimentos de pacientes com o novo coronavírus. Até o momento, oito pessoas morreram em decorrência da doença na metrópole.
Porém, pelo menos quatro capitais brasileiras já registram sobrecarga no sistema de saúde: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus.
Nesses locais, já há unidades de saúde com 100% dos leitos de terapia intensiva ocupados. A média de internação dos pacientes tem variado de 14 dias a três semanas.