A Polícia Federal identificou o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como articulador de um esquema de disseminação de notícias falsas. A investigação está sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo na tarde deste sábado.
Na última quinta-feira, o jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, apurou que a PF estava próxima de pegar Carlos Bolsonaro pela participação no esquema. As fake news espalhadas pelo grupo tinham como alvos o STF e o Congresso Nacional.
Segundo as informações colhidas por Vicente Nunes, a troca do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, concretizada nessa sexta-feira por Jair Bolsonaro tem relação, justamente, com a investigação sobre as notícias falsas.
A exoneração de Valeixo acabou motivando o pedido de demissão do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Ainda de acordo com o jornalista, policiais que atuam na investigação asseguram a participação de Carlos Bolsonaro no processo de disseminação das fake news.
Carlos Bolsonaro ironiza
Pelo Twitter, o vereador do Rio de Janeiro ironizou o conteúdo da matéria da Folha de S. Paulo. Em uma sequência de posts, ele chegou a acusar a “grande mídia” de “manipulação”.
“Não é necessário esquema de notícia pra falar o que penso sobre drácula, amante, botafogo, nervosinho, aproveitadores, sabotadores, ou sobre quem quer que seja! Há quem faça isso, e são aqueles que mais acusam. Sabemos quem é amiguinho dos jornalistas que direcionam ataques”, escreveu.