A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta quinta-feira (30), ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado mineiro Aécio Neves (PSDB) por suposto recebimento de propinas que, somadas, chegariam ao valor de R$ 65 milhões.
De acordo com reportagem da revista Veja, Aécio teria recebido a quantia de duas construtoras nos períodos em que exercia os cargos de senador e governador de Minas.
A defesa do deputado federal afirmou que não há ‘sequer’ indícios de que o parlamentar tenha cometido quaisquer um dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelos quais foi denunciado pela PGR.
Em nota, a defesa do parlamentar afirma que não teve acesso à denúncia, mas que entende se tratar de conteúdo mentiroso e desconectado das investigações da Polícia Federal.
Além disso, Alberto Zacharias Toron, advogado de Aécio Neves, declarou que confia na análise “detida e imparcial” da Justiça para que o caso seja elucidado e se chegue à “única conclusão possível” para o assunto, que é a falta de qualquer indício de crime por parte do ex-governador de Minas.
Procurada, a assessoria de imprensa do STF informou que o órgão ainda não foi notificado sobre a denúncia. Já a Procuradoria-Geral da República não respondeu aos contatos.
Leia a nota completa do advogado de Aécio Neves:
Essa notícia causa surpresa e indignação. Não há e nunca houve qualquer crime por parte de Aécio Neves. Foi demonstrado exaustivamente que as conclusões alcançadas pelo delegado são mentirosas e desconectadas dos próprios relatos dos delatores e, o que é mais grave, das próprias investigações da PF. Aliás, tamanho é o absurdo do presente caso que os próprios relatos dos delatores desmentem-se entre si. Basta lê-los. Depois, mais uma vez a Defesa vê-se surpreendida com vazamentos sistemáticos de inquérito sigiloso, sendo certo que nem mesmo os advogados tiveram acesso à referida denúncia para rebatê-la.
Por fim, a Defesa confia que o poder Judiciário promoverá a análise detida e imparcial dos fatos e chegará à única conclusão possível: não há sequer indício de crime por parte do deputado Aécio.
Alberto Zacharias Toron
Advogado