Se você tem comparecido
ao centro de nossa cidade
ultimamente,
certamente tem se
deparado com
enormes FILAS
junto à Caixa Econômica Federal
e lotéricas.
Muitas vezes percebemos
ausência de distanciamento mínimo recomendável,
por outras,
ausência de máscaras
e em algumas situações: ambos.
Certo é que vivemos novos tempos.
O próximo já não pode ficar fisicamente próximo.
Ademais, diversos cuidados devem ser tomados.
Ocorre que se você lê esse texto,
você pertence a uma camada diferenciada da população.
Talvez não tenha se dado conta disso. Mas é!
Os analfabetos (pessoas sem condições nenhuma de ler e escrever)
somam quase 10% de nossa população.
Os analfabetos funcionais (pessoas que leem e escrevem, mas não compreendem a mensagem) somam quase 30% de nosso povo.
Somados a estes estão os analfabetos por convicção
(pessoas que leem e escrevem, mas por seu posicionamento pessoal
sequer se dão ao trabalho de terminar a leitura
e compreensão da mensagem).
Nos últimos tempos, estes têm se proliferado com
grande voracidade e
sequer possuímos como
mensurar seu crescimento.
De certo algum desavisado se perguntaria: esse texto fala sobre FILAS ou de analfabetismo?
A conscientização dos cidadãos passa
pelo acesso à informação e compreensão desta.
Como exigir daqueles com menor capacidade de conhecimento das orientações o mesmo comportamento que você tem?
Somos DIFERENTES.
Como cada linha desse texto.
Ademais, ocupamos um lugar na fila da vida.
Uns procurando progredir, outros sobreviver.
Cabe a cada um de nós,
portadores do conhecimento médio,
passar adiante a Palavra Acesa.
Ajudar quem precisa ser ajudado.
Fazer, verdadeiramente, o próximo… próximo.
Em era social, apontar o erro alheio fica ainda mais fácil.
Torna-se difícil mesmo o exercício de
olhar para dentro de si e compartilhar o melhor que temos.
Se o que nos consome fosse apenas fome
Cantaria o pão
Como o que sugere a fome
Para quem come
Como o que sugere a fala
Para quem cala
Como que sugere a tinta
Para quem pinta
Como que sugere a cama
Para quem ama
Palavra quando acesa – Não queima em vão
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1 comentário
QUE O GADU PROTEJA E ILUMINE PARA SEMPRE, PARABÉNS.