Nesta segunda-feira (11/5), dia em que a pandemia do novo coronavírus completa dois meses, o Brasil confirmou mais 5.632 casos e 396 óbitos pela covid-19 nas últimas 24 horas. Os números foram adicionados no balanço do Ministério da Saúde e, com isso, o país já soma 168.331 casos e 11.519 mortes.
São Paulo lidera o ranking, com 3.743 fatalidades e 46.131 confirmações. Na atualização desta segunda-feira (11), a morte de uma criança de quatro anos pela covid-19 foi confirmada no estado. O governo de SP calcula que em relação ao mês anterior, a morte entre não idosos cresceu dez vezes, representando quase um terço das fatalidades da unidade federativa. A mortalidade de pessoas acima dos 60 anos aumentou seis vezes, passando de 460 para 2.739 nesse intervalo de tempo.
Atualmente, há 9,7 mil pacientes internados em SP, sendo 3.871 em UTI e 5.877 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a COVID-19 é de 89,6% na Grande São Paulo.
Além de São Paulo, outros quatro estados ultrapassaram a marca de mil mortos. Logo em seguida aparece o Rio de Janeiro, com 1.770 óbitos. Depois vem o Ceará (1.189), Pernambuco (1.087) e Amazonas (1.035)
Outros nove estados já registraram mais de 100 óbitos pela doença. São eles: Pará (708), Maranhão (399), Bahia (211), Espírito Santo (196), Paraíba (139), Alagoas (138), Minas Gerais (121), Paraná (111) e Rio Grande do Sul (105).
Em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Nelson Teich avaliou, que, no Brasil, o foco está no doente crítico, quando seria necessário, também, ampliar o olhar. “A abordagem da doença ideal certamente passa por intensificar a ação em um momento inicial em que as pessoas começam a ter um sintoma. A gente certamente precisa começar a diagnosticar e tratar mais cedo”, afirmou.
Teich acredita que a mudança de abordagem do tratamento poderá ter frutos positivos. “É possível que a gente trabalhando a doença em um momento mais precoce que a gente reduza a evolução para fase mais crítica. Com isso a gente não só salva mais gente, como aumenta a capacidade de cuidar”, justificou.
Questionado se a nova abordagem, de tratar a doença no começo, não lotaria ainda mais os hospitais, que receberiam pacientes com os sintomas mais leves da doença, Teich disse que um programa de triagem começaria em no ambulatório e não em um hospital.
“Um exemplo seria você fazer um oxímetro e uma tomografia. Isso é uma diretriz que o ministério também vai liberar e o desafio hoje é que a gente consiga implementar isso rápido”, explicou.