Minas Gerais tem uma nova data para o pico de casos, internações e mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Agora, o auge da doença no Estado está previsto para acontecer no dia 8 de junho, dois dias após a projeção anterior. A informação foi passada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, que, nesta segunda-feira (11), comentou sobre a situação da enfermidade em Minas.
Conforme o gestor, além do adiamento do pico, o Estado também deve ter menos doentes hospitalizados com a Covid-19. O número de internações deve ficar abaixo dos três mil. A quantidade de mortes, no entanto, não foi detalhada. Na semana passada, a previsão era de 200 óbitos. Conforme Amaral, o distanciamento social e uso de máscara ainda são fundamentais para combater a pandemia. “O objetivo é evitar o pico. Isso para nós é o mais importante”, ressaltou.
Testagem em massa
Nesta segunda, o Estado bateu os 100 mil casos suspeitos de infectados pelo novo coronavírus. Amaral destaca que essa taxa não representa nem 5% da população mineira e frisou que os critérios mais importantes que têm que ser analisados pelos órgãos de saúde são as mortes confirmadas e ocupações dos leitos dos hospitais. Atualmente, Minas tem 121 óbitos pela doença.
Apesar de reconhecer a importância de realizar testagem em massa, o secretário frisou que os exames devem ser feitos com cautela. Amaral comentou que os exames estão em falta em todo o mundo e que Minas ainda não atingiu o pico da doença.
“Tem um desabastecimento natural no país. E tem estados com situação pior e que têm prioridade para receber testes. Minas ainda está com a epidemia controlada”, explicou. Para o secretário, o Estado tem que ser eficiente na realização dos testes para não faltarem exames quando o pico realmente chegar.
O secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, também participou da coletiva e voltou a descartar bloqueio total de cidades mineiras por causa da pandemia. “Neste momento não vislumbro um lockdown. Mas cada município tem autonomia para fazer o que for necessário”, disse.