O Atlético está com dois meses de salários atrasados, segundo informou o presidente alvinegro, Sérgio Sette Câmara. O clube vem tendo dificuldades para pagar os atletas desde o ano passado. A situação se agravou ainda mais por conta da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
“Hoje o Atlético tem dois salários (em carteira) e duas imagens (direitos de imagem) em atraso. Se tivesse o dinheiro do Maicosuel, talvez estivéssemos em dia. Talvez uma imagem atrasada”, explicou Sette Câmara, em entrevista à TV Band Minas. No fim de abril, o Galo precisou pagar 13,4 milhões de uma dívida pela contratação do meia Maicosuel, cobrada pela Udinese-ITA, na Fifa.
A diretoria alvinegra foi paga com a ajuda dos conselheiros Rubens Menin, da MRV, e Ricardo Guimarães, do Banco BMG, que emprestaram o dinheiro. “É uma situação muito difícil de ser resolvida. estamos buscando dinheiro em tudo que é lugar, quebrando o porquinho para juntar dinheiro, com expectativa de valores em juízo, contando com apoio dos patrocinadores, que nos emprestam dinheiro sem cobrar juros”, ressaltou.
O clube tem procurado ajustar as contas em meio à pandemia. O salários dos atletas foram reduzidos em 25%. Enquanto se preparara para a volta aos treinos, o clube anunciou que sete atletas não serão aproveitados pelo técnico Jorge Sampaoli para o restante da temporada. São eles: Ricardo Oliveira, Di Santo, Edinho, Clayton, Ramón Martínez, Zé Welison e Lucas Hernández. Todos têm contrato, por isso, precisam ser negociados para aliviar a folha de pagamento.
Assim como outros clubes do país, o Atlético está sem receita com a bilheteria de jogos e vem registrando queda na arrecadação de sócio-torcidores. Outra receita importante, a grana dos direitos de transmissão foi reduzida pela emissora de TV, já que o Campeonato Brasileiro está suspenso e não tem data para começar. Embora o Campeonato Mineiro não tenha sido concluído, o Atlético recebeu antecipadamente a cota de R$ 14,3 milhões.