Antes da votação para eleger o futuro presidente, em 21 de maio, o Cruzeiro se preocupa em acertar os débitos pendentes com contratações de jogadores e que estão em cobrança na Fifa. O presidente interino do clube, José Dalai Rocha, participou de uma live na internet e garantiu que os valores com vencimento até o fim deste mês serão quitados.
O presidente em exercício do Cruzeiro, mesmo com todas as dificuldades financeiras, agravadas pela pandemia do novo coronavírus, que interrompeu o futebol e reduziu as receitas dos clubes, assegurou que as dívidas com vencimento até o fim deste mês serão quitadas.
“Temos caminhos a serem testados e é uma coisa dificílima, pois envolve recursos e o país está parado, as empresas estão paradas. Estamos sofrendo tudo isso, mas vamos conseguir resolver esses graves assuntos”, acrescentou o mandatário, garantindo que o Cruzeiro quitará ‘As (dívidas) que vencerem em maio, seguramente, com todo sacrifício do conselho gestor.’
Dalai concedeu entrevista ao filho, o jornalista Fernando Rocha, por meio de live no Instagram. Entre outros assuntos, o presidente interino do Cruzeiro foi perguntado sobre o valor da dívida cobrada na Fifa e o mandatário disse que, além da quantidade de débitos pendentes, a dificuldade é maior por causa da valorização do dólar sobre o Real. A moeda norte-americana fechou esta quarta-feira cotada a R$ 5,89, o que aumenta o total a ser quitado em contratações anteriores.
“Tive a curiosidade de anotar e ver a dívida da FIFA. O Denílson, volante comprado (na verdade foi empréstimo) aos Emirados Árabes (Al Whada) por R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, o Willian Bigode, comprado ao Zorya, da Ucrânia, por R$ 11 milhões. E o Caicedo foi comprado ao Del Valle, aquele cara que errava quase todas as bolas, devemos quase R$ 4 milhões. Hoje, o total é de aproximadamente R$ 20 milhões, R4 21 milhões. Há pouco tempo, eram R$ 10 milhões”, ressaltou o dirigente.
Dalai disse que a disparada do dólar prejudicou mais ainda o clube no momento de projetar o acerto. “O Cruzeiro teve a surpresa com o valor excessivo do dólar, que beira os R$ 6. A dívida, então, subiu demais. Estamos administrando essas coisas de cinco, seis anos atrás, que caiu no nosso colo. Assumimos a solução disso”, declarou.