Centenas de pessoas revoltadas com a morte de um homem negro sob custódia da polícia em Minneapolis protestaram no entorno da Casa Branca, em Washington, nesta sexta-feira (29), em um clima de tensão que se espalhou por várias cidades de todos os Estados Unidos.
O presidente Donald Trump estava na sede do Executivo norte-americano durante o protesto, que começou em um parque em frente ao edifício, onde algumas de dezenas de agentes do serviço secreto enfileiraram barricadas.
Na Casa Branca, houve um rápido confronto entre a segurança e os manifestantes. Logo depois, o Serviço Secreto decretou ‘lockdown’ na Casa Branca por segurança.
Os manifestantes levavam cartazes com dizeres como “Parem de nos matar” e pediam justiça para George Floyd, morto na segunda-feira quando um policial branco pressionou por vários minutos seu pescoço com o joelho. Floyd estava algemado e desarmado.
Confrontos do lado de fora da Casa Branca foram desviados e os manifestantes seguiram caminhando pelas ruas de Washington até o Capitólio, sede do Congresso.
A violenta prisão e morte de Floyd, flagrada em um vídeo que viralizou na internet, reabriu feridas profundas em um país marcado pela desigualdade racial.
A prisão e a denúncia por homicídio culposo contra Derek Chauvin, o policial de Minneapolis que pressionou o pescoço de Floyd, aparentemente não foram suficientes para conter a revolta em Minneapolis, sacudida há três dias por atos violentos que destruíram partes da cidade.
Os manifestantes permaneciam nas ruas da cidade na noite desta sexta-feira, desafiando o toque de recolher, decretado às 20h locais (22h de Brasília).
Protestos também foram registrados em Nova York, Houston, Atlanta, Detroit, Las Vegas, San José e Memphis.