*Por OTempo
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (10/06), os advogados da cervejaria Backer declararam discordar do que foi anunciado pela Polícia Civil sobre a conclusão do inquérito que investigou a intoxicação por dietilenoglicol em pessoas que consumiram produtos da empresa. Para a cervejaria, a conclusão não condiz com as provas coletadas na empresa.
Para o advogado Marco Aurélio de Souza Santos, responsável pela parte criminal do processo, a empresa não poderia ser acionada criminalmente. “A Backer nunca comprou dietilenoglicol e não tem culpa pelo vício de fabricação do tanque”, declarou. Onze pessoas foram indiciadas.
Vítimas
O advogado responsável pela tratativa com as vítimas, Fernando Drummond, afirmou que a Backer tem todo o interesse em oferecer o auxílio necessário àquelas que comprovarem o prejuízo causado pela empresa. De acordo com ele, a Justiça é que está analisando os documentos apresentados pelas vítimas. “Das 20 que estão como assistentes na Ação Civil Pública (ACP) do Ministério público de Minas Gerais, somente cinco foram reconhecidas pela Justiça até o momento”, declarou o advogado.
O bloqueio dos bens da empresa foi a principal justificativa dada por Drummond como impeditivo para pagar o auxílio emergencial às vítimas. Segundo o advogado, a Justiça deveria escolher bens bloqueados para a venda e arrecadação do montante para quitar o auxílio, mas ainda não o fez.
A tentativa mais recente da Backer para efetuar os pagamentos foi o depósito de R$ 200 mil em juízo nessa segunda-feira (8). O recurso é proveniente de um adiantamento depositado por um potencial comprador dos produtos que a empresa ainda tem em estoque. A Backer ainda não está autorizada a comercializar a produção. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou nessa terça-feira (9) uma nota na qual declara que só vai autorizar as vendas mediante adequações da empresa.