Os casos confirmados de Covid-19 nos Estados Unidos chegaram a 2 milhões, de acordo com dados da universidade Johns Hopkins divulgados na madrugada desta quinta-feira (11). O país chega a este número durante uma onda de protestos antirracistas (leia mais abaixo) em meio a pandemia.
O número representa um quarto de todas as infecções identificadas oficialmente no mundo, onde os casos confirmados já superam os 7,3 milhões. Além disso, o país norte-americano já acumula quase 113 mil vidas perdidas desde o início da pandemia.
Os EUA, país que detém a terceira maior população mundial, têm duas vezes mais casos que o Reino Unido, a Itália, a Espanha e a França, quatro dos países europeus que mais tiveram registros da doença.
Dos 10 principais países mais afetados, os EUA ocupam o terceiro lugar com base em casos a cada 100 mil habitantes, são 603,1 casos por 100 mil. Segundo a Johns Hopkins, o país está atrás do Chile (762,2 casos por 100 mil) e Peru (636,9 casos por 100 mil).
Profissionais de saúde socorrem mulher com dificuldades de respirar, um dos sintomas da Covid-19, em Nova York (EUA) — Foto: Lucas Jackson/Reuters
Efervescência social
Os EUA chegaram a este triste marco em meio a semanas de protestos antirracistas que levaram os norte-americanos às ruas, mesmo durante a pandemia. O movimento é uma resposta à morte do ex-segurança George Floyd, pelas mãos de um policial branco.
Floyd morreu em 25 de maio, após ser detido pela polícia em Minneapolis. Em imagens que foram divulgadas, o agente Derek Chauvin, passou 8 minutos e 46 segundos pressionando seu pescoço com o joelho, enquanto ele dizia que não conseguia respirar.
Nos minutos finais, Floyd não se mexia mais. Segundo a policia local, ele foi detido por supostamente usar uma nota falsa de US$ 20 em um mercado. Chauvin e outros três policiais que também participaram da abordagem foram demitidos e acusados legalmente pela morte de Floyd. Eles podem ser condenados a até 40 anos de prisão cada.