Entre os 60 mil detentos de Minas Gerais, 210 já testaram positivo para Covid-19 até este sábado (27), de acordo com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Entre eles, um está cumprindo prisão domiciliar (monitorado por tornozeleira eletrônica) e o restante cumpre quarentena dentro das unidades prisionais. Um custodiado morreu por causa do novo coronavírus.
De acordo com o Depen, as alas dos detentos com a doença foram isoladas, desinfectadas e todos servidores e demais detentos do local usam máscaras de forma preventiva.
Os detentos positivados estão nas unidades de Águas Formosas, Divinópolis, Pitangui, Iturama, Manhumirim, Bocaiúva, Sete Lagoas, Ceresp Gameleira (BH), São Joaquim de Bicas II (São Joaquim de Bicas), Presídio Inspetor José Martinho Drumond (Ribeirão das Neves), Pompéu e Formiga.
Questionado sobre quantos agentes da polícia penitenciária teriam sido infectados pelo novo coronavírus, o Depen informou que não divulga o total de servidores afastados pela Covid-19, por questões de segurança, e “também porque o número não impacta na prestação dos serviços à população”.
O departamento relembra que as visitas foram suspensas, para evitar a disseminação do vírus por meio de contato com o público externo. Os kits com alimentos e medicamentos, entregues por familiares, são recebidos via Correios e inspecionados.
No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde.
“Com a suspensão das visitas, necessária para contenção do vírus, os familiares podem ter contato com seus parentes de três formas: por meio de cartas (ação prevista para todas as unidades e com média de 35 mil recebimentos por semana), ligações telefônicas (cujo número é diferente em cada unidade e deve ser fornecido pelo presídio ou penitenciária; a média semanal é de 15 mil ligações realizadas) ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponível. Mais de 40% das unidades prisionais já realizam visitas familiares por videoconferência”, informou o Depen.