Deputados e representantes dos servidores da Segurança Pública entregaram ontem ao presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), documento em que pedem a rejeição aos dois projetos de reforma da Previdenciária estadual, enviados à Casa pelo governo de Romeu Zema (Novo). Eles ameaçam até com greve se as propostas foram adiante.
Na reunião com Patrus, estiveram os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB) e Delegada Sheila (PSL), o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT) e o presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), subtenente Heder Martins de Oliveira.
Oliveira publicou nas redes sociais um vídeo, afirmando que os servidores da Segurança rejeitam os projetos porque eles deveriam ser debatidos com a população antes de serem votados remotamente, por causa da pandemia da Covid-19.
Ao governador Romeu Zema, ele pediu respeito aos servidores, que poderiam perder direitos com as reformas. “Quer um Estado pacífico, quer um Estado tranquilo, quer um estado caminhando, respeite os servidores”, disse.
Procurado pelo Hoje em Dia, o governo reiterou que a Previdência é “o maior gargalo para a estruturação das contas do Estado”, acumulando déficit de cerca de R$ 130 bi, desde 2013. A proposta de Reforma garantiria “ uma economia de R$ 32,6 bilhões em dez anos e trata de um conjunto de medidas necessárias para a saúde financeira do Estado”, conforme nota oficial.
O Executivo também pontuou que as alíquotas propostas asseguram que quem ganha menos pague contribuição menor e negou que tenha se aproveitado do momento. “O governo de Minas enviou a proposta à Assembleia ciente da importância da análise por parte de parlamentares e de debates envolvendo servidores e população no Legislativo durante a tramitação”.