A suposta morte de um homem de 28 anos, detento do Presídio de Manhumirim, na Zona da Mata mineira, por Covid-19 segue em investigação pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Se for confirmada, será o quarta óbito em Minas de um custodiado pela enfermidade.
De acordo com a pasta, Lucas Morais da Trindade, que cumpria pena em regime fechado desde 2018, estava em monitoramento pela equipe de saúde da unidade prisional, desde o último dia 25, quando ele passou por um teste rápido, que apresentou resultado positivo para a Covid-19.
Apesar disso, ainda segundo a Sejusp, o jovem não havia apresentado sintomas da doença até sexta-feira (3).
“Também não tinha histórico de outras doenças nem fazia uso contínuo de medicamentos. Na manhã do último sábado (4/7), Lucas desmaiou na cela e foi imediatamente encaminhado, desacordado, para atendimento médico no hospital Padre Júlio Maria, em Manhumirim, onde veio a óbito”, informou a pasta, em nota.
Se for confirmada a morte por Covid-19, o caso será o quarto óbito pela doença em presídios mineiros. Os outros casos foram no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, no dia 28 de junho; no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia 18 de junho; além de um detento do Presídio Floramar, em Divinópolis, na região Centro-Oeste, no dia 5 de julho.
Balanço da Covid-19 em presídios
Segundo a Sejusp, até as 11h desse sábado (11), 344 pessoas que estão sob a custódia do sistema prisional mineiro testaram positivo para a doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, Minas tem 60 mil custodiados.
“Os dados apontam 338 custodiados cumprindo período de quarentena dentro das unidades prisionais, acompanhados pelas equipes de saúde das unidades, assintomáticos ou com sintomas leves da doença. As alas em que se encontram foram isoladas, desinfectadas e todos servidores e demais detentos do local usam máscaras de forma preventiva”, informou o Estado.
Além disso, segundo a pasta, há um preso internado por coronavírus e cinco em prisão domiciliar, monitorados por tornozeleira.