Com o pico de casos de Covid-19 previsto para acontecer nesta quarta-feira (15), o governo de Minas Gerais anunciou nesta segunda-feira (13) que é possível que haja um platô. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, Minas pode estar no início do caminho por este platô, mas a confirmação só virá depois que houver redução de casos.
“De uma forma geral, entendemos que, como Minas teve um aumento bem mais lento no número de casos, é possível que tenhamos um número maior de casos e, em seguida, uma discreta redução e cheguemos a um platô”, explica. O secretário, no entanto, destaca que não há como saber se o Estado já está nesse momento ou chegando a ele.
O platô de casos, diferentemente do pico, prevê que o número mais alto de contaminações se mantenha estável por um tempo e, depois, sofra redução. De acordo com o infectologista Estêvão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, o pico e o platô estão interligados, já que o pico se caracteriza também como início do platô, e o platô significa que o pico se manteve por mais tempo.
A previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) era de que 2.500 internações por Covid-19 estivessem ativas no dia 15 de julho. Nesta segunda-feira, a dois dias da previsão, 2.578 pessoas estão internadas na rede pública do Estado com suspeita ou confirmação da doença.
A ocupação dos leitos da rede está em 61,41% para enfermaria e 69,99% nas UTIs. As macrorregiões com maiores taxas de ocupação nas UTIs são Vale do Aço, com 87,50%, Triângulo do Norte, com 84,41%, e Central, com 81,70%.
Minas Gerais tem, nesta segunda, 76.822 casos e 1.615 óbitos confirmados pela doença. Entre os casos confirmados, quase 9.000 demandaram internação na rede pública ou privada do Estado.