Agentes Comissários da Infância e Juventude de Itabira, com o Ministério Público, realizaram uma operação neste final de semana para apurar denúncias de aliciamentos e casos de prostituição infantil em um estabelecimento que estaria funcionando como casa de prostituição na zona rural da cidade.
Vários agentes participaram da ação desencadeada no último dia 18, sábado. “Após inúmeras denúncias de que a zona estava funcionando com a participação de adolescentes de Itabira e cidades vizinhas, os agentes da infância e da juventude do Fórum Desembargador Drummond, e militares do serviço de inteligência do 26º Batalhão da Polícia Militar em Itabira, equipe Tático Móvel, e do GEPMOR (Grupamento Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida) montaram uma grande operação,” informou Edson do Carmo Taveira “Edinho Caratê”, coordenador dos Comissários.
No local, a força de segurança realizou buscas e a conferência de toda a documentação dos presentes. Aqueles que aparentemente eram menores foram alvo de triagem documental e entrevista, com a finalidade de assegurar que não estavam usando identificação falsa ou de outras pessoas. Segundo a equipe de agentes de proteção do Judiciário, nada foi constatado relacionado a participação dos jovens.
“O que chamou a atenção dos agentes de segurança e de proteção é que ninguém a não ser eles, estava usando máscara de proteção da covid 19. No interior do estabelecimento tudo estava como se não existisse a pandemia, pois as pessoas estavam dançando, cantando, ingerindo bebidas alcoólica, sem distanciamento social e qualquer outra proteção,” ressaltou Edinho Caratê.
De acordo com o comissariado o mesmo estabelecimento já foi notificado e interditado por fiscais do código de posturas da Prefeitura, em 17 de maio, conforme estava fixado nas portas de acesso ao local. Foi confeccionado um REDS (Registro de Evento de Defesa Social), narrando a situação. Os frequentadores foram orientados a desocuparem a área. O fechamento do estabelecimento foi concluído, sendo o responsável indicado para responder em juízo pelas acusações, infração e o descumprimento do decreto municipal de enfrentamento ao novo coronavírus.
Segundo as equipes, havia pessoas de várias cidades, como Santa Maria de Itabira, Jardim de Minas, Nova Lima, Barão de Cocais, Caeté, São Paulo (SP) e a capital Belo Horizonte, além de Itabira. O serviço contou com os Comissários: Edson Taveira, Carlos Oliveira, Wendel Cruz e Fernando Rocha. O Tático Móvel foi coordenado pelo sargento Agnaldo Moreira, e o GEPMOR pelo cabo Sá. O serviço foi planejado com antecedência pelo capitão Souza, coordenador das equipes de recobrimento da unidade Polícia Militar.