Mesária exibe cédulas de votação para eleitora em La Paz, Bolívia
Foto: Reuters (out.2019)
O TSE (Supremo Tribunal Eleitoral) da Bolívia anunciou ontem, quinta-feira (23), um novo adiamento da eleição presidencial, que estava prevista para o início de setembro e será adiada para 18 de outubro por causa do aumento de casos de Covid-19 no país.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Bolívia registra 64.135 casos confirmados e 2.328 mortes em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.
Este é o segundo adiamento do pleito — antes da pandemia, as eleições deveriam acontecer em maio, mas foram movidas para setembro.
Em nota, o tribunal afirma que a decisão é baseada em considerações científicas, jurídicas e sócio-políticas. As eleições gerais estão, então, previstas para acontecer no domingo de 18 de outubro, com um eventual segundo turno em 29 de novembro.
“A data definitiva da eleição gera maiores condições para a proteção do saúde, instalações de votação no exterior, chegada de missões internacionais de observação, além de promover o desdobramento logístico de todas as operações no território pelos tribunais departamentais”, diz a nota.
A Bolívia passa por uma turbulência política desde outubro do ano passado, quando uma eleição acirrada levou a protestos e à queda do ex-presidente do país, Evo Morales.
Após a queda de Morales, Jeanine Añez, uma ex-senadora conservadora, assumiu a presidência interina. Ela concorre para se oficializar na posição.
O TSE aceitou nesta terça-feira (23) uma denúncia que pede a anulação da participação do MAS (Movimento Al Socialismo), partido de Morales, nesta eleição, por terem divulgado o resultado de uma pesquisa, o que seria crime eleitoral.
A legenda tem até hoje para se manifestar. O candidato do MAS, Luis Arce, é um dos favoritos para o pleito, ao lado do ex-presidente Carlos Mesa.