A nova versão do plano Minas Consciente, do governo do Estado, quer trazer mais previsibilidade a setores excluídos do programa em vigor até então, como cinemas, museus, eventos e feiras livres. O plano atual prevê que essas atividades só poderão ser retomadas quando houver controle da pandemia do coronavírus, por representarem “um risco extremamente alto, com grande aglomeração de pessoas e grande possibilidade de contágio”.
O chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), João Pinho, disse, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (24), que a revisão do programa deve ser lançada em até dez dias. Após um período de consulta pública para colher contribuições de cidadãos, prefeitos e secretários de Saúde, o governo vai agora analisar as ideias recebidas.
“Quando lançamos o plano, três meses atrás, estávamos subindo nossa curva, com ascensão de casos confirmados e óbitos e, hoje, como nos aproximados a um outro momento, de platô, e esperamos que, em breve, de descendência do número de casos, precisamos verificar se a estratégia de momento é adequada para esta segunda etapa”, afirmou Pinho. Até esta quinta-feira (23), 258 municípios, com uma população total de mais de 6,3 milhões de pessoas, tinham aderido ao Minas Consciente.
“Uma das questões que está em análise é exatamente sobre algumas atividades que foram excluídas no primeiro momento. Quando lançamos o plano, estabelecemos quatro ondas, que agrupavam algumas atividades econômicas conforme o risco e o impacto econômico, e eventos de qualquer porte, atividades de turismo, como museus, e cinemas foram excluídos dessas ondas, porque o governo entendeu que eram atividades com risco muito grande. Nesse processo de revisão, estamos avaliando como dar mais previsibilidade a esses setores para que eles possam se programar”, completou.
A situação das feiras livres também está sendo avaliada. Segundo Pinho, embora possam ter ligação com o setor essencial de venda de alimentos e sejam realizadas ao ar livre, elas devem seguir alguns protocolos de segurança. “Nos próximos dez dias devemos lançar uma nova versão desse plano e esperamos que ele possa abarcar o setor das feiras livres de alguma forma, dando mais previsibilidade, regras e um norte, para que consigamos voltar com essas atividades no menor tempo possível”, disse.
Nesta sexta-feira, Minas Gerais chegou à soma de 106.812 casos confirmados de Covid-19 e 2.315 óbitos pela doença, sendo que 77 foram contabilizados nas últimas 24 horas.
O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, ressaltou a importância de a sociedade manter os cuidados de distanciamento social, uso de máscara e reforço da higiene e de as pessoas evitarem sair de casa quando não houver necessidade. “É importante que nos mantenhamos vigilantes. O Estado tem adotado cautelas, preparado leitos, temos feito tudo aquilo que nos compete”, afirmou. Segundo Amaral, os índices de ocupação de leitos em Minas Gerais estão “sustentáveis”.