Por Portal Hoje em Dia
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista exclusiva ao Chamada Geral deste sábado, falou sobre a situação que vive Minas Gerais na pandemia de covid-19. Como já havia afirmado anteriormente, Amaral ressaltou que Minas, aparentemente, vive o platô, com estabilização de casos, com posterior queda. Ele alerta, no entanto, que flutuações são normais.
“Nós não temos um crescimento tão grande. Ter algumas flutuações dentro do alto, dentro do planalto, é de se esperar, mas aquela tendência de um crescimento sustentado, progressivo, que a gente tinha avaliado há um mês e meio, está mostrando que está equilibrando no alto. Mas de forma nenhuma a gente pode falar que já passou e vai começar a cair porque ainda não temos evidência”, diz.
Neste sábado, Minas Gerais chegou a 110 mil casos e 2,4 mil mortes por coronavírus, conforme boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
De acordo com Amaral, “foi feito o dever de casa” quanto à ampliação de leitos. Minas Gerais saltou de 2.072 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), antes da pandemia, para 3.600, aumento de 75% da capacidade.
“Nós não estamos tendência tendência clara de aumento de ocupação. Isso que nos leva a crer que podemos estar no platô. Felizmente até agora não parece ter havido desassistência em nenhum lugar do estado”, diz.
Hospital de Campanha
Com relação à construção do Hospital de Campanha, Amaral explica que a unidade foi pensada em um primeiro momento com base nos exemplos de colapso do sistema de saúde que eram vistos em países da Europa. “Naquele momento tínhamos um plano que contava com o Hospital. Ele foi pensado, dimensionado, para o momento que estivéssemos perto de uma catástrofe. Felizmente, não foi o que aconteceu”, diz.
“Não nos parece adequado abrirmos, ter um custo alto, em um momento que não estamos tendo uma necessidade tão grande. Está pronto. Se for preciso, mas não teve necessidade ainda”, explica.
Minas Consciente
Sobre o programa de reabertura gradual do Governo de Minas, Amaral disse que ele passará por mudanças e que se tornará mais individualizado, ando maior liberdade para prefeituras e microrregiões. “É importante lembrar que podemos ter flutuações. Em momentos a gente abre mais, em momentos a gente fecha mais. Não é a epidemia acabou e passou tudo. A gente vai ter que conviver com o vírus. O que estamos vendo é tendência de estabilização e, depois, a queda”.