Mesmo com índices que apontam para uma melhora nos números da Covid-19 no Estado em duas semanas, o governo de Minas informou ontem, quarta-feira (29), que oscilações na quantidade de notificações da doença deverão ocorrer no território mineiro nos próximos meses.
“Depois da queda, nós teremos flutuações. Na Europa, estamos vendo isso em vários países. Nós teremos um novo normal. Não dá para ninguém pensar que vai voltar, daqui a dois meses, a fazer tudo o que se fazia antes, da forma que se fazia antes”, declarou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
Na região, de acordo com a BBC Brasil, o aumento de casos tem sido visto na Espanha, onde há temor de uma “segunda onda” mais prolongada; além de França e Alemanha. O Reino Unido anunciou que quem retornar de viagem da Espanha deverá se isolar por 14 dias.
Segundo o gestor mineiro, Minas vive um platô (trajetória em que as notificações se mantêm elevadas até começarem a cair), com alto número de casos, mas expectativa de diminuição para daqui a 15 dias. Devido à possibilidade de novo aumento de casos, Amaral declarou que as regras de distanciamento social e uso de máscaras deverão ser necessárias até após o inverno de 2021.
Segundo o gestor, a situação só se resolverá com a chegada da vacina ou com a chamada “imunidade de rebanho” – expressão para o momento em que parcela significativa da população está imune a uma doença, impedindo que um vírus se alastre.
Taxa de ocupação
Ainda em coletiva, o gestor atualizou os dados da taxa de ocupação dos leitos em Minas. Nesta quarta, 67,44% das vagas da terapia intensiva estão ocupadas e 59,02% dos leitos clínicos estão em uso.