O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu nesta segunda-feira (03/08), em entrevista à CNN, a aceleração que está promovendo no processo de reabertura da economia do estado.
“O pico da curva foi atingido no dia 15 de julho. As medidas que adotamos desde o início da pandemia têm se mostrado adequadas e elas têm funcionado bem enquanto estávamos escalando. E agora que nós já chegamos ao platô e em breve a curva vai começar a ceder, nós temos que rever e aprimorar esses critérios [de reabertura da economia]”, disse.
Para Zema, a capacidade de Minas, em termos de disponibilidade de leitos e insumos médicos, permite que o estado consiga se manter bem caso ocorra um “repique” dos casos com a abertura mais acelerada. “Nós temos um bom colchão de proteção”, afirmou.
Questionado a respeito de municípios mineiros que adotam medidas mais rígidas de isolamento social, o governador afirma que mantém um diálogo com os prefeitos e que o plano estadual está articulado com a Associação Mineira de Municípios (AMM). “Nenhum prefeito pode falar que a sua cidade ou a sua região ficou sem a ampliação de UTIs”, comentou.
Com a menor taxa de mortalidade dos estados brasileiros, 13,7 mortos a cada 100 mil habitantes, Romeu Zema garantiu que os números de Minas Gerais correspondem à realidade e que o estado enfrenta apenas atrasos em repasse de dados, que ele avalia como normais.
“O que existe em Minas é o que existe no mundo todo, que é alguém que tenha óbito hoje, leve dois ou três dias para ser registrado”, afirmou. Zema ponderou que não considera que a testagem deva ser prioridade no combate à Covid-19. “Teste ajuda, mas teste não salva vidas.”
Bolsonaro
Depois de ter dito que não havia uma coordenação nacional no combate à pandemia da Covid-19, Romeu Zema afirmou que a articulação entre governadores, prefeitos e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) melhorou ao longo da pandemia.
“À medida que a pandemia avançou, acho que todos os estados e o governo federal se estruturaram melhor. Talvez no início faltou um sincronismo maior. Eu posso estar errado, mas em retrospectiva vamos ver que o Brasil, em comparado com países mais desenvolvidos, não fez um trabalho tão ruim quanto alguns têm alardeado”, disse.