O número de pessoas ocupadas no Brasil apresentou uma redução recorde de 9,6% no trimestre encerrado em junho. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada na manhã desta quinta-feira (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, a taxa de desocupação subiu para 13,3%, uma alta de 1,1 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em março. Ainda, segundo o IBGE, o número de desocupados teve estabilidade e foi estimado em 12,8 milhões.
O valor está em linha com o esperado pelo mercado. A corretora Guide, por exemplo, projetava um aumento na taxa de desemprego em junho para 13,2%.
Adriana Beringuy, analista da pesquisa, afirma que mesmo com o cenário de estabilidade entre a população desocupada, a taxa de desemprego cresceu justamente pela redução da força de trabalho – que soma as pessoas ocupadas e desocupadas. Entre os segmentos mais atingidos, o comércio é destaque: 2,1 milhões de pessoas deixaram o status de ocupado, para desocupado.
“Essa taxa é fruto de um percentual de desocupados dentro da força de trabalho. Então como a força de trabalho sofreu uma queda recorde de 8,5% em função da redução no número de ocupados, a taxa cresce percentualmente mesmo diante da estabilidade da população desocupada”, diz a analista.