O Banco do Brasil acaba de confirmar que o Ministério da Economia, de Paulo Guedes, encaminhou a nomeação de André Brandão como próximo presidente do Banco do Brasil.
Brandão terá que ser aprovado pelo conselho de administração do banco para poder assumir. O nome dele será analisado também pelo comitê de elegibilidade, que vai conferir se ele segue as regras do estatuto do banco e da Lei das Estatais.
A nomeação de Brandão acontece na semana em que aumentaram as incertezas no mercado sobre a manutenção da agenda liberal de Guedes, depois da saída de dois secretários do ministério.
Se tudo correr conforme o esperado, Brandão será o substituto do atual presidente Rubem Novaes, que pediu para deixar o cargo descontente com a lentidão do governo em fazer acontecer a privatização do Banco do Brasil, por meio da venda controle na bolsa brasileira (a B3).
Brandão está alinhado ao perfil que o ministro da Economia, Paulo Guedes, busca para o cargo.
Guedes queria alguém de fora do BB e da vida pública de forma geral e que chegasse ao banco com boa circulação no mercado financeiro privado. A inspiração é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que era um alto executivo do banco Santander antes de assumir o cargo.
Brandão passou as últimas duas décadas no banco britânico HSBC, sendo hoje o responsável pela instituição no Brasil. Quando assumiu o comando do HSBC Brasil em 2012, Brandão substituiu Conrado Engel, que também chegou a ser cotado para o comando do Banco do Brasil.