O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe, que está sob investigação acusado de corromper testemunhas, renunciou ao mandato como senador nesta terça-feira (18).
A Suprema Corte do país colocou Uribe – talvez o político que mais divida opiniões no país – em prisão domiciliar, após decisão unânime neste mês, citando um potencial caso de obstrução de justiça.Ele diz que é inocente.
Em uma carta ao presidente do Senado postada no Twitter, Álvaro Uribe disse que a prisão domiciliar e o que ele considera “violação de suas garantias legais” o impedem de continuar sendo um legislador.
O caso decorre de uma disputa antiga entre o direitista Uribe e o senador Ivan Cepeda, de esquerda. Em 2012, Uribe acusou Cepeda de orquestrar um plano para ligá-lo a grupos paramilitares.
Em 2018, a Corte decidiu que Cepeda coletou informações com antigos soldados, como parte do seu trabalho, e não pagou ou pressionou os paramilitares.
Ao invés disso, o tribunal considerou que Uribe era o culpado, acrescentando que seus aliados tinham empreendido esforços para influenciar testemunhas mesmo depois da acusação original.
Uribe e o deputado Alvaro Hernan Prada enfrentam a possibilidade de penas que podem chegar a 12 anos de prisão. Isso colocaria o ex-presidente colombiano ao lado de outros antigos governantes latinoamericanos, que cumpriram pena em regime fechado, incluindo o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o peruano Alberto Fujimori.