Meghan Markle, a duquesa de Sussex, vai se unir ao grupo de registro de eleitoras de Michelle Obama em celebração ao centenário da 19ª emenda, que deu às mulheres americanas o direito ao voto.
A organização, chamada When We All Vote (Quando Todos Votamos, em tradução livre), que se identifica como apartidária, almeja diminuir a lacuna racial e etária na participação eleitoral.
Tem como objetivo conseguir 300 mil eleitoras aptas em um evento virtual, em que a duquesa participará ao lado da conselheira sênior da Casa Branca de Obama, Valerie Jarrett, a editora da revista Glamour Samantha Barris e a atriz Yvette Nicolle Brown.
O envolvimento da duquesa é especialmente notável porque até os membros mais juniores da realeza devem evitar acusações de interferência política, para não constranger a monarquia por associação. O príncipe Harry continua na linha da sucessão.
No entanto, a principal razão pela qual decidiram renunciar a seus papéis mais cedo neste ano era para que tivessem mais liberdade.
A Semana de Ação do When We All Vote enfatiza o papel que mulheres negras tiveram na conquista do voto feminino desde a aprovação da 19ª Emenda, e que continuam a desempenhar no acesso ao voto.
“Todas as nossas palestrantes compartilham nossa paixão para que todas as mulheres consigam fazer suas vozes serem ouvidas nas nossas eleições, e nós sabemos que vamos animar voluntárias para se unirem à missão de aumentar a participação em todas as eleições”, disse o grupo.
A duquesa, que manteve sua cidadania norte-americana mesmo depois de se casar com Harry, disse à revista Marie Claire neste mês que planeja votar em novembro.
Ela já havia comentado anteriormente sobre assuntos políticos. Em 2016, descreveu o então candidato Donald Trump como “divisivo e misógino” em uma aparição no programa “The Nightly Show”. Pelo protocolo real, ela parou de expressar visões políticas depois de seu casamento em 2018.
Desde que Meghan e Harry renunciaram, ela tem se pronunciado sobre uma gama ampla de assuntos adjacentes à política, incluindo o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), dizendo em junho deste ano, durante uma formatura do ensino médio da escola em que estudou, que o que estava acontecendo nos Estados Unidos com a morte de George Floyd era “absolutamente devastador’.
“A única coisa errada a se dizer é não dizer nada”, disse ela na ocasião.