*Por Estão Conteúdo
RESUMO
- Tereza Cristina afirmou que não há nenhum risco de desabastecimento desses produtos para o consumidor brasileiro, e que o governo monitora em tempo real a situação do mercado
- Ministra disse que deverá haver uma nova acomodação de preços dos alimentos
- Na avaliação do Ministério da Agricultura, os preços tendem a cair nos próximos meses
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos da cesta básica brasileira, que têm apresentado forte inflação nas últimas semanas, como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja. Há registros de crescimento de mais de 100% nas gôndolas de supermercados.
Tereza Cristina afirmou nesta terça-feira, 8, que não há nenhum risco de desabastecimento desses produtos para o consumidor brasileiro, e que o governo monitora em tempo real a situação do mercado. “Estamos vivendo uma situação de transição, é uma questão pontual e que vai passar. O governo não vai fazer nenhuma intervenção em preços de mercado, o que estamos fazendo é monitoramento constante”, disse à reportagem.
Nesta quarta-feira (09/09), representantes da Abras têm reunião com o governo, em Brasília, para discutir o assunto. A associação deve apresentar um panorama geral sobre a inflação dos alimentos e tratar de eventuais medidas que possam reduzir o preço dos produtos nas gôndolas. A expectativa é de que o encontro reúna representantes do Ministério da Economia, Agricultura e Palácio do Planalto.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que representa 27 associações estaduais afiliadas, afirmou que “vê essa conjuntura com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população brasileira”.
Tereza Cristina disse que deverá haver uma nova acomodação de preços dos alimentos. A ministra comentou que o governo tem analisado a situação dos estoques de cada região que está atento às necessidades. “Há um conjunto de fatores. Não se trata apenas de aumento de exportação. Houve aquecimento interno, por causa do auxílio emergencial. As pessoas passaram a comprar mais, porque houve uma mudança de hábito, mas haverá uma acomodação”, disse a ministra.
Na avaliação do Ministério da Agricultura, os preços tendem a cair nos próximos meses. “Assim como já aconteceu com o leite, que subiu e depois caiu, os preços tendem a se acomodar.” A ministra lembrou que houve uma safra recorde neste ano e que, apesar do aumento das exportações, não há risco de faltar alimento neste ano e no próximo.