Na tarde desta quarta-feira (09/09), o presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fábio Baccheretti Vitor, apresentou um balanço da atuação da rede no enfrentamento à pandemia da covid-19 no estado. A instituição participa de discussões sobre a doença desde janeiro deste ano, com o objetivo de preparar a estrutura para a resposta assistencial.
“Em janeiro, ainda não se sabia como a doença iria se comportar em Minas. Então, foi feito um planejamento de Governo e, a partir dele, desenvolvido o Plano de Capacidade Plena. Atualmente, já estamos na sexta versão. A primeira foi iniciada em março, quando o Hospital Eduardo de Menezes (HEM) se tornou totalmente dedicado aos casos da covid-19”, observou o presidente da Fhemig.
Fábio Baccheretti destacou que, tendo por base os planejamentos já realizados e o comportamento da curva epidemiológica, a rede expandiu seu número de leitos, buscando, ao mesmo tempo, manter as tradicionais linhas de cuidado.
Estrutura
A Fhemig é composta por 21 unidades assistenciais distribuídas em nove municípios mineiros. “Em Belo Horizonte, destacamos o Hospital Júlia Kubitschek, com o maior número de leitos na cidade, o João Paulo II, com leitos pediátricos para covid-19, e o João XXIII, também com leitos para covid-19”, detalhou.
No interior do estado, o Hospital Antônio Dias, em Patos de Minas, abriu dez novos leitos de CTI para casos de coronavírus. Em Barbacena, foram outros seis. Já o Hospital João Penido, em Juiz de Fora, abriu 20 leitos de terapia intensiva, sendo dez novos e dez remanejados.
“Nosso esforço foi para a abertura de leitos de CTI porque sabemos que esses são os mais difíceis de se expandir. A Fhemig tem o compromisso, junto ao Estado, de suprir essa necessidade”, afirmou Fábio Baccheretti.
Números
Somente na rede estadual foram realizados 15.286 atendimentos de casos suspeitos, sendo 1.585 casos e 269 óbitos. Um total de 771 altas hospitalares foram registradas. O perfil epidemiológico dos pacientes que passaram pela Fhemig mostra que 41% dos casos da doença ocorreram em pessoas acima de 60 anos.
“Os números da pandemia vem seguindo o platô e observamos uma queda na ocupação hospitalar, especialmente em Belo Horizonte e Juiz de Fora. No entanto, vale lembrar que o vírus continua circulando e, por isso, os cuidados básicos, como distanciamento, uso de máscara e álcool gel, devem seguir”, concluiu o presidente da Fhemig.
Na coletiva, a coordenadora da Sala de Situação da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eva Lídia Medeiros, também atualizou as informações da covid-19 no estado. Até o momento foram confirmados 238.515 casos e 5.935 mortes pela doença.