*Por Exame
Roger Stone, um ex-conselheiro de Donald Trump, recomendou ao presidente americano que declare “lei marcial” caso perca a eleição de 3 de novembro. Em entrevista ao site de extrema direita Infowars, Stone pediu que Trump forme uma força-tarefa especial de agentes federais para “impedir fisicamente a atividade criminosa” na eleição.
Usando os poderes concedidos por uma lei marcial, Trump, segundo sugeriu seu ex-conselheiro, deveria prender o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, o CEO da Apple, Tim Cook, “os Clintons” e “qualquer outra pessoa que comprovadamente esteja envolvida em atividades ilegais”.
Stone é um lobista, autor e consultor político americano. Desde a década de 1970, ele tem atuado em campanhas de políticos do Partido Republicano, como Richard Nixon, Ronald Reagan e Donald Trump. Em 20 de fevereiro deste ano, ele foi condenado a três anos e quatro meses de prisão por diversas acusações, incluindo obstrução da Justiça e declarações falsas em depoimento para o Congresso em relação a uma investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016. Em julho, Trump concedeu clemência a Stone.
Na entrevista a Infowars, Stone repetiu a narrativa de Trump de que o aumento de votos por correspondência na eleição de novembro traz o risco de uma “fraude eleitoral generalizada”. Os democratas dizem que o presidente está tentando minar a confiança na eleição, diminuir o comparecimento dos eleitores e preparar o terreno para declarar a ilegitimidade do resultado da eleição caso seu adversário, Joe Biden, seja eleito.
Stone pediu que Trump indique o ex-deputado Bob Barr, um republicano da Geórgia, como um advogado especial com a tarefa específica de ‘formar uma operação para o dia da eleição usando o FBI, delegados federais e funcionários estaduais republicanos em todo o país para estarem preparados para entrar com o processo objeções legais e, se necessário, ficar fisicamente no caminho da atividade criminosa. “
A InfoWars é um site de extrema direita que costuma veicular notícias falsas e teorias da conspiração. O site é de propriedade de Alex Jones, um apresentador de programa de rádio. Jones foi banido de várias plataformas de mídia social por promover discurso de ódio.