São seis meses e duas semanas desde que o Estado de Minas Gerais declarou a existência de um primeiro morador diagnosticado com o novo coronavírus, cinco meses e três semanas desde a primeira morte. Transcorrido todo este período de tempo que representa metade do ano vivido em meio à pandemia, os números cresceram de maneira alarmante e, nesta segunda-feira (21), são mais de 271 mil casos da doença que deixou 6.727 mortos. Balanço mais recente da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) indica que apenas 13 óbitos receberam confirmação entre domingo (20) e esta manhã.
Entretanto, o número relativamente baixo se comparado àqueles detectados em outros dias da semana é uma tendência comuns às segundas-feiras – dias em que costumeiramente os números são mais reduzidos, como o ocorrido na semana anterior em que 10 mortes entraram para o relatório após o domingo. O documento indica também que nas últimas 24 horas houve confirmação de 1.141 casos da infecção em Minas Gerais. Entre os mais de 271 mil existentes, 237 mil são dados como recuperados pelo Estado, enquanto outros cerca de 27 mil permanecem em acompanhamento – são aqueles em que os pacientes ainda estão no período de expressão da doença.
Relatório detalhado
Número de municípios com óbitos e casos, taxa de letalidade e distribuição de dados por cidades são alguns dos detalhes contidos nos levantamentos publicados pela Saúde apenas nos dias úteis. Após o sábado e o domingo, o relatório desta segunda-feira (21) torna a apontar estes indicadores. De acordo com o balanço de hoje, a taxa de letalidade permanece em 2,5% em Minas Gerais e são 573 os municípios em que mortes relacionadas à pandemia já aconteceram. Manteve-se nesta segunda-feira os dados existentes na sexta (18) referentes à média de idade entre óbitos e comorbidades mais comuns. Morre-se mais em Minas Gerais aqueles com idades superiores a 60 anos, sendo que em 75% dos óbitos confirmados há presença de comorbidades anteriores, sendo as doenças do coração e a diabetes as mais comuns entre elas.
Os indicadores relacionados à taxa de hospitalização também denotam a situação da gravidade da pandemia no Estado. Sabe-se que 27 mil dos aqui infectados requereram internação hospitalar nas redes pública ou privada, sendo que os demais apenas cumpriram o período de isolamento domiciliar sem necessidade de intervenção médica. Entretanto, apesar do número parecer baixo diante da quantidade de infectados, é importante destacar o aumento superior a 1.700% na demanda por internações ligadas a diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se comparadas as semanas epidemiológicas vividas até aqui com o mesmo período de 2019.
Belo Horizonte é a cidade com a maior quantidade de infectados e mortes pelo coronavírus. Até o momento, 38.173 mineiros residentes em Belo Horizonte foram diagnosticados com a doença, e, destes, 1.167 não resistiram. Uberlândia no Triângulo Mineiro aparece logo em seguida, e são 24.956 moradores diagnosticados com a doença, sendo 511 mortes na cidade. Outros municípios como Ipatinga no Vale do Aço e Juiz de Fora na Zona da Mata também têm um número alto de casos – são mais de 8.000 na primeira cidade, e 5.426 na segunda. O informe epidemiológico desta segunda-feira também indica que chegou a 843 o número de municípios com casos confirmados de Covid-19. Significa que apenas 10 cidades em Minas Gerais não têm casos ou óbitos.