OTEMPO
A Colômbia anunciou que o país já está aberto para os brasileiros, no entanto, eles precisarão apresentar o teste RT-PCR negativo realizado 96 horas antes da viagem. A informação foi dada nesta quarta-feira (30/09) por Gilberto Salcedo, vice-presidente da Procolombia, agência governamental de promoção comercial e turística, durante a apresentação da estratégia para retomada do turismo no país na feira Abav Collab.
Salcedo destacou, entre as medidas de estímulo ao turismo colombiano, a redução do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) nas passagens aéreas de 19% para 15%, a criação de 15 novas rotas internacionais a partir deste mês, a aprovação do selo Check-in Certificado e de protocolos de biossegurança e a gestão de acordos de reciprocidade com países da América do Sul, entre eles o Brasil.
A natureza será, segundo ele, o grande ativo da retomada, seguido do turismo cultural. Destinos de sol e praia serão promovidos numa segunda fase. Entre as estratégias de retomada estão aumentar a conectividade, redesenhar os produtos turísticos e transformá-los em experiências para cada tipo de consumidor e investir em campanhas de promoção nos mercados-alvo.
O Brasil é hoje um dos oito mercados mais relevantes para a Colômbia – houve um crescimento de turistas brasileiros de 83.101 em 2013 para 209.138 em 2017. Em 2019, a Colômbia bateu um recorde de visitantes – foram 4,516 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 2,7% em relação a 2018. Também a ocupação na rede hoteleira cresceu cerca de 57,8%, o melhor resultado em dez anos.
O destino também lançou um novo portal, Colombia Travel, investiu em capacitação profissional, diminuiu o imposto sobre o combustível da aviação e promoveu a campanha “Nos encontraremos logo”. “Na Colômbia, o turismo é uma aposta real e séria”, enfatizou o vice-presidente da Procolombia. A atividade representa hoje cerca de 12% do Produto Interno Bruto (PIB).
Salzedo aproveitou para criticar a tributação de 25% de agências e operadoras brasileiras sobre todas as remessas que mandam para fora do país para pagar serviços, como hospedagem e passeios. Isso encarece os pacotes internacionais em até 33%. No ano passado, o setor de turismo conseguiu um acordo com o governo para baixar de 25% para 6,38% o valor do IRRF (Imposto sobre a Renda retido na fonte), mas ele dependia de uma Medida Provisória.