O Congresso do Peru condenou nesta segunda-feira (9) o presidente do Peru, Martín Vizcarra, em julgamento de processo de impeachment, baseado em alegações de corrupção. Vizcarra deixa o poder e seu mandato, que vai até julho de 2021, será exercido pelo presidente do Congresso, Manuel Merino.
O Legislativo peruano, de maioria oposicionista, ultrapassou os 87 votos necessários, em um total de 130, para cassar o mandato do presidente. Martín Vizcarra é acusado de ter recebido subornos, enquanto governador do estado de Moquegua, de empresas beneficiadas com obras públicas.
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O presidente agora cassado nega as acusações, que ele chama de “infundadas” ou “falsas”. Vizcarra afirmou que o país poderia sofrer “consequências imprevisíveis” caso o processo fosse levado adiante apenas meses antes da próxima eleição presidencial, marcada para o dia 11 de abril.
A aprovação do processo de impeachment ameaça envolver o segundo maior produtor mundial de cobre em turbulência política. O Peru busca se recuperar de uma situação de recessão econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.