RESUMO
- Dois dos 15 PMs alvos na Operação Hexagrama são candidatos a vereador em BH e em Neves
- Terceira fase da operação desencadeada pelo Gaeco cumpriu também mandados de prisão contra policiais civis
Dois dos 15 policiais militares que foram alvos da Operação Hexagrama III realizada nesta segunda-feira (9) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), são candidatos a vereador de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves.
Um deles, que é candidato a vereador na capital mineira, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e munição. O outro, que é postulante ao cargo em Neves, não foi detido por causa da legislação. Outros dois militares não foram encontrados por agentes do Gaeco e os onze PMs restantes foram presos durante cumprimento de mandados de prisão.
Foram cumpridos ainda, nesta segunda-feira, 12 mandados de prisão preventiva de policiais civis e outros três mandados de prisão preventiva, além de 60 mandados de busca e apreensão. Ao fim da operação, o Gaeco conseguiu apreender ainda R$110 mil em dinheiro, um cheque no valor de R$ 50 mil, uma arma de fogo, 120 munições, quatro carros e uma granada explosiva de efeito moral, documentos e 30 celulares.
O promotor Peterson Queiroz, do Gaeco, explica a função desse policiais no grupo. “Após a segunda fase da investigação, foi possível identificar mais 32 membros da organização. São 18 policiais militares e 12 policiais civis. Os policiais envolvidos na organização tinham a função de fazer a segurança do líder do grupo, fazer escolta, fazer ameaças a concorrentes e destruir máquinas de concorrentes”, explica.
Essa terceira fazer da Operação Hexagrama foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o objetivo de combater uma quadrilha de jogos de azar que atua na capital e em cidades da Região Metropolitana.
A organização criminosa está sendo investigada desde março pela prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, exploração ilegal de jogos de azar, homicídio, extorsão, ameaça, lesão corporais, dano ao patrimônio, destruição de cadáver, comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito e acessórios, disparo de arma de fogo em via pública e lavagem de dinheiro.
A ação foi realizada em Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Santa Luzia Esmeraldas, Contagem, Nova Lima, Vespasiano, Sabará, Betim e Lagoa Santa.
Operação Hexagrama III
Participaram da operação quatro promotores de Justiça, 54 policiais militares da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, oito policiais militares do Batalhão Rotam e 70 policiais civis da Corregedoria-Geral da Polícia Civil. A ação conta ainda com o apoio do Batalhão Rotam da Polícia Militar de Minas Gerais, da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.