EM
Um efetivo de 550 homens, em 130 viaturas, partiu na manhã desta quinta-feira (12/11) da Academia Militar, no Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, em direção a municípios do interior do estado onde o serviço de inteligência da Polícia Militar identificou tensões durante a campanha eleitoral que possam gerar conflitos mais graves. Eles reforçarão o policiamento local e regional.
O planejamento da operação Eleições 2020 teve início em agosto e contou com orientações do TRE-MG. De acordo com o diretor operacional da PM Coronel Alexandre Magno de Oliveira, os policiais destacados percorrerão mais de 600 quilômetros para “garantir a segurança do pleito”. Eles receberão, a partir desta sexta(13), reforços dos batalhões da Rotam e Choque. Nas demais cidades, os efetivos locais estarão à disposição para o policiamento durante o pleito.
Cada viatura seguiu com uma dupla comandada por um tenente. Os militares deixaram os postos em áreas intermediárias, como administrativas e acadêmicas para o apoio nas cidades do interior. Eles foram orientados a seguir as recomendações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que as pessoas só entrem nas respectivas seções eleitorais com máscara facial, mantendo distanciamento social nas filas, evitando aglomerações.
O coronel lembrou que a autoridade máxima é o presidente da mesa e caso alguém desrespeite as regras sanitárias ou eleitorais ele pode solicitar a presença do policial militar para o trabalho de convencimento “ou até mesmo de condução de quem infrigir as determinações, mas só em casos extremos”, ressaltou.
O comandante reforçou aos subordinados que as prisões durante esse período só podem acontecer em flagrante delito ou via mandado judicial expedido antes do período de suspensão das detenções pela justiça eleitoral.
Todos os PMs também estão orientados pela diretoria de saúde a cumprir procedimento operacional padrão nas abordagens do dia a dia, com as devidas medidas de prevenção à transmissão do coronavírus.
O Coronel Alexandre Magno também frisou que os crimes eleitorais são de competência exclusiva da União, mas nos municípios onde não houver polícia judiciária (civil ou federal) a PM fará as devidas ocorrências e encaminhará o boletim ao juiz eleitoral.
Serão coibidas aglomerações tanto nos locais de votação quanto no percurso de eleitores em direção às sessões eleitorais. A pedido do TSE, as forças de segurança utilizarão drones para identificar possíveis locais de aglomeração para evitar a contaminação pela COVID-19. As imagens serão captadas e serão apresentadas ao juiz eleitoral, caso o pedido de dispersão não seja obedecido.
Em Belo Horizonte a PM usará plataforma de observação elevada, uma carreta com câmera, para monitorar grupos de pessoas que desobedecerem as recomendações sanitárias.
Os serviços administrativos continuarão funcionando, mas em esquema de plantão, já que parte do efetivo foi deslocado para a segurança nas eleições. “Nas sedes das 19 regiões os efetivos da administração trabalharão no policiamento ostensivo”, garantiu o coronel.
Minas Gerais tem o segundo maior colégio eleitoral do país e é o estado com o maior número de municípios, 853. Ao todo, 38 mil militares trabalharão nas eleições em Minas.