Por O Tempo
Proprietários e sócios da construtora responsável pelo prédio que tombou na noite de terça-feira (17) no município de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, ainda não foram encontrados para que seja feita a notificação a respeito da sentença judicial obtida pela prefeitura da cidade, que exige a demolição da estrutura e cuidados necessários às 15 famílias que perceberam-se obrigadas a sair de suas residências às pressas no dia em que a construção começou a ceder. Até a manhã de sábado (21), representantes da Abraham Hamza Construções não haviam sido notificados, como esclarece o coronel Júlio Cezar Rachel de Paula, secretário-adjunto de Segurança Pública do município.
“Ainda não foi notificada (a construtora), e provavelmente será difícil conseguir neste final de semana. A estrutura permanece na mesma situação, e estamos aguardando a notificação para iniciar a contagem do prazo. A Defesa Civil de Betim realizou uma vistoria hoje até para fins de avaliação dos imóveis (vizinhos à construção)”, detalhou. De acordo com a sentença proferida pelo juiz Taunier Cristian Malheiros Lima, após a notificação, a Abraham Hamza Construções terá um prazo-limite de 24 horas para abrigar famílias retiradas às pressas das residências nas proximidades do prédio que cedeu e, se necessário, garantir a demolição da estrutura.
Transcorrido o prazo, se a construtora não se manifestar, a Prefeitura Municipal de Betim assumirá os custos e a operação para demolir o prédio e os repassará à empresa. Em nota encaminhada à reportagem no sábado, o município esclareceu que aguarda o vencimento de todos os prazos da tramitação. “As equipes da Superintendência de Defesa Civil, e da empresa contratada pelo município para conduzir a demolição, aguardam a confirmação por parte da Justiça para ter uma previsão de quando os trabalhos poderão ser iniciados”, pontuou a gestão.
Relembre
Estalos próximos da construção foram os primeiros indícios percebidos por moradores do bairro Ponte Alta, em Betim, de que algo não corria bem. A percepção de que o prédio, em etapa final de construção, inclinava-se para o lado assustou o grupo de vizinhos que correram para fora de seus imóveis bem no final da noite de terça-feira (17) frente o risco de queda da estrutura. O susto não foi menor para famílias que já tinham adquirido apartamentos no prédio, como a maquiadora Thaís Cassimiro, de 30 anos, proprietária de uma das coberturas. Relembre o que ela disse:
A Defesa Civil de Betim chegou até o endereço ainda na noite de terça após ser acionada por moradores. Equipes do Corpo de Bombeiros também apoiaram a operação. As 15 famílias que saíram de suas casas após o prédio inclinar só vão poder retornar quando seus imóveis forem considerados espaços seguros. A determinação judicial obtida pelo município garante que a construtora responsável pelo prédio providencie hospedagem, alimentação, vestuário e assistência de saúde para todas elas.