Por Estados de Minas
O governo de Minas Gerais avalia que a construção da linha férrea que ligaria Belo Horizonte ao Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), ainda carece de estudos mais aprofundados sobre a sustentabilidade econômica da operação.
Os custos da obra podem ser assumidos pela mineradora Vale, dentro do processo de reparação dos danos causados no rompimento da barragem ocorrido em 2019. O assunto foi discutido nesta semana em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
“Hoje, mais do que o investimento inicial, é preciso que se tenha também uma engenharia financeira que permita ao projeto ficar de pé”, disse o secretário adjunto de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luis Otávio Milagres de Assis.
Também participaram da audiência outros integrantes do governo estadual, deputados estaduais, diretores do Inhotim e representantes da comunidade e de organizações não governamentais.
A barragem que se rompeu em Brumadinho em janeiro 2019 liberou uma onda de aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, causando 170 mortes e devastando comunidades e meio ambiente de cidades da calha do Rio Paraopeba.
Uma das frentes de reparação em discussão envolve a recuperação econômica da região. O turismo é visto como um dos caminhos, já que a cidade tem atrativos de ecoturismo, além de sediar o Instituto Inhotim, considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina.
Mas a construção da linha férrea depende ainda de um acordo com a mineradora.
Segundo a Vale, o assunto vem sendo discutido com os órgãos competentes. “Por se tratar de tema sensível a todos, os encontros ocorrem periodicamente e levam em conta um processo de escuta ativa, buscando formas de atender às necessidades e demandas da população”, diz em nota a mineradora.