Por G1 Minas
O segurança Paulo Henrique Pardim de Oliveira foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado, pela morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo. O júri entendeu que foram utilizados o meio cruel e recursos que impediram a defesa da vítima.
Os jurados ainda reconheceram a menor participação do acusado, fato que reduziu a pena de 16 anos, para os 11 anos.
De acordo com advogado da família de Allan, Geraldo Magela de Carvalho Lima, o réu era segurança freelancer da boate e se passava por policial civil. Segundo ele, o acusado teria dado guarida aos outros seguranças da boate.
Allan foi morto na madrugada do dia 2 de setembro de 2017, na boate Hangar 677, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.
De acordo com a denúncia, o fisiculturista foi abordado pelos seguranças William e Carlos e levado para uma área restrita da boate para que fosse revistado.
Allan teria se recusado a passar pelo procedimento e agredido. A Polícia Militar foi chamada ao local porque o jovem estaria portando drogas. Porém, na época, o laudo do IML não apontou que a vítima tinha usado substâncias químicas e ingerido bebida alcoólica.
O julgamento desta quinta-feira (26), ocorreu no 3º Tribunal do Juri e foi presidido pela juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira. A audiência começou às 10h da manhã e durou oito horas. Paulo deveria ter sido julgado em agosto, quando a Justiça condenou a mais de 16 anos de prisão os seguranças Carlos Soares e William Leal, mas o processo foi desmembrado.
Outros dois réus no processo ainda vão ser julgados. A Justiça não definiu a data das audiências.