Por Agência Brasil
A Polícia Federal cumpre cinco mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão contra supostos envolvidos com tráfico internacional de droga (cocaína) e lavagem de dinheiro.
A operação chamada “Areia Branca” segue ordens expedidas pela 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), que determinou o sequestro de mais de R$ 11 milhões em bens móveis e imóveis da suposta organização criminosa.
Além da capital do Mato Grosso do Sul, os mandados estão sendo cumpridos em Corumbá (MS) e em três cidades do Espírito Santo: Vitória, Serra e Itapemirim.
Segundo nota da PF, “as investigações tiveram início em 2018 após a Polícia Federal receber informações acerca da atuação de um traficante internacional, listado à época como um dos seis narcotraficantes mais procurados no Brasil, o qual estava foragido na Bolívia e de lá comandava o envio de aproximadamente três toneladas mensais de cocaína para o Brasil, a partir da região do Chapare boliviano. O investigado principal e sua esposa, também foragida das autoridades brasileiras, foram localizados e presos durante as apurações.”
Conforme divulgação, a Polícia Federal tem conhecimento de que o tráfico da droga feito pela organização tinha início em voos de aviões de pequeno porte que atravessavam as fronteiras brasileiras. No Brasil, a droga era transportada em caminhões para cidades do interior. O destino da cocaína é o mercado europeu, embarcada em navios de carga.
Os nomes das pessoas envolvidas não foram informados, mas a PF assinala que saber que o comando da organização criminosa tem vínculos com o responsável por diversos carregamentos de cocaína, “entre eles um flagrante realizado em 6 de novembro de 2017, com a apreensão de 529 kg de cocaína, em Viana (ES), e a prisão de duas pessoas que transportavam a droga em uma carreta com carga de milho.” Além dessa apreensão, 458 kg de cocaína foram descobertos pela PF posteriormente (2018) numa aeronave vinda pela Bolívia que havia pousado na cidade de Carauari (AM).
Quase 80 policiais federais foram mobilizados pela operação hoje. O nome da operação faz referência a um areeiro de propriedade da organização criminosa em Corumbá, que servia de fachada para a lavagem do dinheiro obtido com o tráfico de drogas.