Por G1 Minas
A chegada de um bebê sempre altera a rotina de uma família. Mas, para o casal Misael e Carolyne Cangussu, de Belo Horizonte, essa mudança foi reforçada. Não bastasse descobrir a gestação durante uma pandemia, o servidor público e a autônoma, que já tinham duas crianças, tornaram-se pais das trigêmeas Lara, Sofia e Olivia. A turminha veio ao mundo, nesta quarta-feira (2), no hospital do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
“Na hora do parto é muita mistura de emoções. Só conseguia chorar e tentar tirar foto”, disse Misael ao G1 na manhã desta quinta-feira (3).
As múltiplas emoções presentes no parto vêm acompanhando o servidor público, de 32 anos, e mulher, de 31, há mais de 30 semanas.
Misael conta que, pouco tempo antes de saberem da chegada do trio, ele e Carolyne tiveram uma conversa em que decidiram que não queriam ter mais filhos, além de Manuella, de 7 anos, e Davi, de 6. Mas o destino tinha outros planos para eles.
Sem nenhum caso de múltiplos na família, Misael afirma que a descoberta foi um baque. “Na hora do exame, é claro que a gente assusta, porque ter um filho não envolve só carinho e amor. Há outros fatores envolvidos também”, afirma.
Para esses outros fatores, o casal contou com a ajuda de muita gente. No início da gestação, fizeram uma vaquinha on-line, em que arrecadaram cerca de R$ 1,5 mil. Mas as doações não pararam por aí. Vieram em forma de berços, roupinhas, carrinhos e muitas palavras de conforto.
“Grato demais. São certas coisas que dão fôlego para gente continuar. Uma mensagem, um presente, uma palavra de incentivo, uma doação. E o que a gente recebeu em excesso, a gente doou”, conta.
Por ser uma gravidez trigemelar, as meninas nasceram antes das 40 semanas. Foram 31 semanas e seis dias de espera, segundo Misael. A antecipação do parto foi necessária depois que Carolyne apresentou quadro de pré-eclampsia. Mas, após o nascimento, mãe e filhas, que têm entre cerca de 1,5 kg e 1,9 kg, passam bem.
Devido à pandemia, além dos cuidados redobrados em casa, o casal enfrenta algumas restrições no hospital. Segundo Misael, ele só pode ir à UTI para ficar com as meninas uma vez ao dia, seguindo uma série de procedimentos. As visitas também foram restringidas e, por isso, os irmãos ainda não conheceram as trigêmeas. “A notícia que nós tivemos, estavam bem felizes e bem ansiosos”, diz.
Lara, Sofia e Olívia não são univitelinas e foram gestadas em placentas diferentes, por isso, não são idênticas. Mas Misael garante que duas se parecem com ele. “Até brinquei falando assim. ‘Está vendo: 2×1’”.
Antes do nascimento, a família foi informada que as meninas deveriam ficar cerca de dois meses no hospital, mas o pai acredita e torce para que esse tempo seja menor.