O motorista do ônibus que despencou de um viaduto às margens da BR-381, em João Monlevade, região Central de Minas, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (7). Luiz Viana de Lima escapou ileso do acidente que deixou 19 mortos ao conseguir pular do coletivo.
A tragédia ocorreu na última sexta-feira (4) e, desde então, ele estava desaparecido. Conforme a Polícia Civil, o motorista compareceu na delegacia da cidade mineira, por volta das 14 horas, e aproximadamente uma hora depois começou a prestar esclarecimentos sobre o caso.
Com o depoimento, a corporação espera esclarecer o que provocou a queda do ônibus de uma altura de 35 metros. Falha mecânica e erro na manutenção do veículo são algumas das hipóteses levantadas pelos sobreviventes do desastre.
Em nota, a polícia informou que uma representante da Localima, responsável pelo ônibus, também já prestou esclarecimentos sobre a empresa. “O conteúdo dos depoimentos não será divulgado em atendimento ao disposto na Lei de Abuso de Autoridade”, frisou.
No total, 16 pessoas foram ouvidas no inquérito que investiga as causas do acidente. Até o momento, não há informações se o motorista permanecerá solto durante o processo de investigação ou se terá a prisão decretada. Ninguém está preso pela tragédia.
Tragédia
De acordo com a Defesa Civil de Minas, 48 pessoas estavam no ônibus turístico que saiu de Mata Grande, no Alagoas, com destino a São Paulo, quando o coletivo caiu da “Ponte Torta”. Além dos 19 mortos, outras 23 pessoas ficaram feridas no acidente.
Dez vítimas continuam hospitalizadas, sendo sete no Hospital Margarida, em João Monlevade, duas no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, e uma no Hospital João Paulo II, também na capital mineira. Quinze passageiros receberam alta e três não precisaram de atendimento médico.
No fim de semana, o Instituto Médico-Legal (IML) de BH reconheceu os corpos de todos os mortos e, no início desta tarde, dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) partiram do Aeroporto da Pampulha em direção ao município de Paulo Afonso, na Bahia, de onde seguirão até Mata Grande, cidade alagoana.
Além dos restos mortais das vítimas, os sobreviventes também foram transportados pelas aeronaves.