Por G1 Mundo
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, pediu desculpas nesta terça-feira (8) ao povo da Groenlândia pelas 22 crianças separadas de suas famílias e enviadas à metrópole nos anos 1950 com o propósito de formá-los como a futura elite da então colônia.
Até 1953, a Groenlândia foi foi uma colônia dinamarquesa. Progressivamente, a ilha adquiriu o status de território autônomo.
Antes disso, em 1951, 22 crianças groenlandesas foram escolhidas para se mudar para a Dinamarca com a promessa de uma vida melhor, falar dinamarquês e voltar à ilha para formar a futura elite.
Na Dinamarca, as crianças foram privadas de contato com seus familiares e, quando retornaram, não foram devolvidas às suas famílias, mas colocadas em um orfanato. Uma parte delas nunca voltou a ver suas famílias.
“Não podemos mudar o que passou. Mas podemos assumir nossas responsabilidades e nos desculpar com aqueles que deveríamos ter nos ocupado”, disse Frederiksen em um comunicado.
Esse pedido de desculpa ocorre no momento da publicação por Copenhague e Nuuk, a capital das ilhas árticas, de um estudo sobre o destino reservado a essas crianças.
Há 70 anos, “a cooperação entre Dinamarca e Groenlândia se desenvolveu muito. Hoje somos iguais e juntos olhamos a história. Aprendemos e continuamos aprendendo sobre nosso passado comum, tanto o bom como o mau”, afirmou o primeiro-ministro groenlandês Kim Kielsen, citado no comunicado.