O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, em entrevista exclusiva ao G1 nesta terça-feira (8), que o estado seguirá o plano de vacinação do governo federal, ou seja, vai adquirir as vacinas para prevenir o novo coronavírus disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
A informação foi confirmada após a reunião entre governadores e a pasta, que Zema participou.
“O assunto principal foi como será conduzida a questão da imunização para a pandemia, para a Covid e, como eu tenho dito, o que nós teremos será um programa nacional onde ninguém será privilegiado”.
Zema afirmou que não concorda com a politização da vacina e que não existe nenhum plano de vacinação municipal ou estadual e que está em contato com todos os secretários municipais de saúde para criar uma logística eficaz para levar as doses e insumos.
A expectativa do governador é começar a vacinar a população mineira até fevereiro de 2021 e, para isso, ele aguarda a aprovação do imunizante por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O importante é vacinar primeiro essas pessoas que estão mais expostas ou vulneráveis porque nós sabemos que as pessoas mais novas, dificilmente, terão os mesmos sintomas que as pessoas que estão mais vulneráveis”.
Insumos
Para começar a vacinação no início do próximo ano, o governador Romeu Zema afirmou que Minas Gerais fez uma compra de insumos para suprir as primeiras fases de imunização.
O estado garantiu, segundo Zema, mais de 50 milhões de seringas e 700 refrigeradores para armazenar a vacina. Segundo ele, os produtos serão distribuídos para a maior parte das cidades mineiras.
“Se a vacina chegar na semana que vem, nós já estamos com todos os preparativos prontos. Inclusive com o pessoal da Secretaria da Saúde, os profissionais que vão fazer essa aplicação, devidamente orientados para estar conduzindo esse processo”.
Os produtos, que devem chegar até o fim deste ano, foram adquiridos com recursos federais por meio de processo licitatório não emergencial.
Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, previu nesta terça-feira (8), em reunião com governadores, que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca tenha o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de fevereiro.
O governo destinou R$ 1,99 bilhão para o Ministério da Saúde viabilizar a produção e/ou a aquisição de 100 milhões de doses da chamada vacina de Oxford.
Sobre a vacina da Pfizer, o ministro citou a dificuldade em relação ao imunizante, que precisa ser mantida em temperaturas abaixo de -70º. Segundo ele, a previsão é o Ministério da Saúde receber 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e o restante a partir de junho.
Na reunião, Pazuello foi questionado sobre as tratativas do governo federal para a aquisição da vacina desenvolvida no estado de São Paulo em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Coronavac.
O ministro disse que o imunizante também está no fim da fase três dos testes e, na sequência, deve ser submetido à Anvisa. De acordo com ele, a análise pela agência deve levar cerca de 60 dias.