Por G1 Minas
A Polícia Civil fez nesta quinta-feira (10) a reconstituição da morte de Hilma Balsamão que caiu do apartamento do namorado, Gustavo Veloso, no dia 20 de novembro. A queda aconteceu durante uma festa que acontecia na cobertura. O caso havia sido registrado como suicídio, mas a família de Hilma contestou.
O inquérito que investiga as circunstâncias da morte tramita em segredo de justiça. A reconstituição foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio técnico dos peritos do Instituto de Criminalística, e acompanhados pelo Ministério Público, além dos advogados de Gustavo.
A polícia começou a ouvir testemunhas na semana passada. Entre os depoimentos já realizados, estão o do namorado da corretora de imóveis e o do filho dele, que também estava no apartamento no momento da morte.
Morte
Segundo informações do boletim de ocorrência, um vizinho acionou a Polícia Militar, dizendo que ouviu discussões vindas do apartamento 401, onde Hilma estava desde o início da tarde.
Logo após a confusão, o morador contou à polícia que escutou um forte barulho na área privativa do prédio.
Ao chegar na parte externa, o vizinho encontrou a vítima caída, com ferimentos na cabeça e no corpo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou a morte da administradora.
A queda foi de uma altura de aproximadamente 15 metros. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).
Relacionamento conturbado
Militares que foram até o local conversaram com Gustavo de Almeida Veloso, morador do apartamento onde a vítima estava. Ele alegou que os dois tinham um “relacionamento afetivo casual”.
No dia da queda, segundo ele, Hilma não aceitou o fim do relacionamento e teria jogado uma garrafa de bebida no chão, o que teria iniciado uma briga entre o casal.
Gustavo ainda contou para a polícia que os dois teriam feito uso de bebidas alcoólicas. Em um momento, ele pediu para que o filho filmasse com o celular a discussão com Hilma, mas que ela teria tomado o telefone do adolescente e jogado no chão.
Ainda segundo o namorado da vítima, ela teria se aproximado da sacada e se jogado do 4º andar.
No boletim de ocorrência, o homem negou que agrediu Hilma. Um vizinho que pediu para não ser identificado contou que as brigas entre o casal eram corriqueiras.
“Infelizmente tinham festas constantes no apartamento e, realmente, a gente ouvia discussões”, contou o morador.
A polícia informou que outros frequentadores da festa alegaram que não estavam na cobertura no momento da confusão e não souberam explicar para os militares o que teria acontecido.