*Por G1 Mundo
A Suprema Corte dos Estados Unidos negou nesta sexta-feira (11) o pedido do procurador-geral do Texas para anular o resultado das eleições presidenciais em estados-chave que deram vitória a Joe Biden, informou a Reuters. É mais um revés da tentativa do presidente Donald Trump, que tenta reverter a derrota nas urnas.
Na ação, o Texas alegava que as regras de voto por correspondência na Geórgia, em Michigan, na Pensilvânia e em Wisconsin não eram justas. Biden venceu nesses quatro estados em novembro — em todos eles, Trump havia saído vencedor em 2016.
Na decisão, a Suprema Corte — de maioria conservadora — decidiu que não vai sequer avaliar o mérito: a ordem publicada nesta noite diz que o Texas não tem base legal para solicitar uma mudança de resultado eleitoral em outros estados.
“O Texas não demonstrou um interesse juridicamente previsto sobre a maneira com a qual outro estado conduz suas eleições”, diz a decisão da Suprema Corte.
Nomeados por Trump rejeitaram ação
Nem mesmo os três juízes nomeados por Trump — Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett — votaram por analisar a ação do Texas, informou a emissora NBC. O presidente americano chamou a chamar os magistrados de “meus juízes” ao longo do mandato.
Apenas dois dos juízes, Clarence Thomas e Samuel Alito, alegaram que a corte deveria apreciar o pedido. Porém, mesmo eles disseram que não dariam prosseguimento à petição nas etapas seguintes.
A equipe legal de Trump ainda deverá tentar outras ações em tribunais menores. Porém, com a decisão da Suprema Corte, a margem para os republicanos reverterem o resultado das urnas praticamente se esgotou.
Todos os 50 estados e o Distrito de Columbia certificaram seus resultados, etapa burocrática que oficializa a atribuição dos delegados do Colégio Eleitoral. Nesta segunda, eles depositarão os votos. Biden toma posse em 20 de janeiro como novo presidente dos EUA.